O vídeo de um homem agredindo uma mulher com socos no meio da rua em Ilhéus, na Bahia, causou indignação e revolta. O indivíduo já possui outras passagens pela polícia pelo mesmo motivo e o Ministério Público já pediu sua prisão.
No vídeo, o homem, identificado como Carlos Samuel Freitas Costa Filho, de 33 anos, conversa com uma mulher próxima a um carro. Ela pede para ele ir embora e dá a entender que já havia sido agredida, ao afirmar que “minha boca está do jeito que está.”
Carlos nota que está sendo filmado, mas não se importa com a gravação e ainda chama um morador para brigar. Em seguida, o homem agride a mulher com vários e a deixa caída na rua. Depois, deixa o local.
Confira o momento da agressão abaixo. Atenção: as cenas são fortes.
Foi em Ilhéus na Bahia.
Estamos publicando justamente para que homens que agridem ou pensem em agredir mulheres, saibam que podem estar sendo filmados.
Cadeia para esse bandido!
Se você sabe de violência contra a mulher, denuncie. Peça ajuda.
Ligue 180
Não se cale. pic.twitter.com/SkcH6gaNNw
— Rio de Nojeira (@RiodeNojeira) October 14, 2020
Segundo o G1, Carlos se apresentou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) na quinta-feira (15), acompanhado de um advogado. Após prestar depoimento por quatro horas, ele foi liberado, já que não houve flagrante, mas a Polícia Civil já solicitou sua prisão à Justiça.
Segundo o Deam, Carlos Samuel já possui um histórico de violência contra ex-namoradas e até pessoas da própria família, o que resultou em 11 boletins de ocorrência. Ele também chegou a ser detido por outros crimes, como ameaça de morte.
O Deam também conversou com a mulher agredida no vídeo. Ela confirmou para a delegada que seu relacionamento com Carlos era conturbado e que agressões eram frequentes. Ela também afirmou que o homem voltou a agredi-la no dia seguinte da gravação e que não estão mais juntos.
MP pede prisão preventiva
Também na quinta-feira, segundo o G1, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu a prisão preventiva de Carlos, por conta da “gravidade da conduta concreta (exacerbada violência empregada) e a condição reincidente do autor de fato.”
Ainda de acordo com o órgão, Carlos já havia sido denunciado em 2015 ao MP-BA pelos crimes de violência doméstica, ameaça e cárcere privado contra outra mulher. Ele foi condenado pela Justiça em primeira instância.
Em 2017, Carlos também foi denunciado pela própria mãe após tentar extorqui-la e ameaçá-la.
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