Um estudo inédito realizado pelo Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) da Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP) mostra que as influenciadoras digitais brasileiras que atuam no nicho de moda, beleza e lifestyle têm de 15% a 25% de seguidores falsos no Instagram.
Os pesquisadores coletaram dados de 25 perfis, com o auxílio da ferramenta HypeAuditor, durante o mês de junho. Os perfis foram divididos em cinco grupos, com cinco influenciadoras em cada, todas escolhidas aleatoriamente, e suas identidades não foram divulgadas.
O grupo 1 foi composto por artistas e atrizes com mais de 1 milhão de seguidores; o grupo 2 inclui influenciadoras com mais de um milhão de seguidores; o 3, influenciadoras que têm entre 200 mil e 500 mil seguidores; no 4, aquelas com 20 mil a 50 mil seguidores e, no 5, microinfluenciadoas (entre 3 mil e 10 mil seguidores).
Os resultados mostram que as influenciadoras, independente do número de seguidores, possuem de 15% a 25% de seus seguidores formados por perfis falsos ou que usam ferramentas para gerar interações automáticas. Para identificar esses seguidores falsos, são avaliados fatores como o número de seguidores e pessoas que a conta segue, número de publicações, resolução das fotos, data da criação da conta, entre outros dados.
“Esses dados apontam para a hipótese de que a existência de contas falsas é uma constante que não se pode evitar, seja para influenciadores com mais de 1 milhão de seguidores ou para os menores, com até 10 mil”, comenta Eric Messa, coordenador do NiMD e autor do estudo, e ressalta que isso não significa que os próprios influencadores compraram os seguidores: “Para que passem despercebidas, contas falsas começam a seguir influenciadores por iniciativa própria”.
O estudo ainda analisou o nível de engajamento dos perfis, o que envolve curtidas, comentários, respostas e compartilhamentos. Em geral, quanto maior o número de seguidores, menor o índice de engajamento. Entre os perfis de artistas e atrizes, o engajamento feito por pessoas reais e não por ferramentas automáticas gira em torno de 60%, enquanto no caso de influenciadoras, o nível cai para 45%.
“É de extrema importância o desenvolvimento de estudos sobre influenciadores digitais brasileiros, uma vez que há um movimento de crescimento dessa área, a partir do envolvimento de grandes empresas, mas faltam referências e, de um modo geral, mais maturidade”, opina o coordenador.
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