O desaparecimento de Bruno de Melo Silva Borges, de 24 anos, no Acre, tem deixado muitos internautas em dúvida. O caso gerou repercussão nacional e até internacional – veículos do exterior chegaram a falar sobre o jovem, que deixou livros criptografados e paredes com escritos antes de sumir.
Há pessoas que acreditam que a história de Bruno Borges seja uma invenção do blog “Não Salvo”. O site já fez diversas brincadeiras que ganharam repercussão na imprensa. Uma delas, por exemplo, dizia que existia um aplicativo chamado Tubby, em que homens avaliavam mulheres secretamente – uma espécie de concorrente do conhecido Lulu.
Uma das evidências de que o “Não Salvo” teria inventado a história está no Google, segundo diversos internautas. A publicação do blog sobre o assunto aparece com a data de 17 de março de 2017, embora tenha sido realizada, de fato, dias depois. O jovem sumiu no dia 27.
Diante disso, a suspeita é de que o blog teria inventado a informação, pois a data de indexação apresentada pelo Google é anterior ao próprio sumiço de Bruno Borges.
Em um vídeo publicado no YouTube, Cid, autor do “Não Salvo”, negou ter qualquer envolvimento com a história. “Não sei por que isso, o que o ‘Não Salvo’ tem a ver com o Acre? Só porque tentou mandar a Anitta para o Acre e ela não foi? Só porque faz umas brincadeiras às vezes e o pessoal fica desconfiado? Eu não sei por que me colocaram no meio dessa história”, afirmou.
Cid disse, ainda, que a data exibida pelo Google se trata de um erro na configuração do site. “Pelo amor de Deus, isso é um grande absurdo. Quando você joga no Google, realmente a primeira que aparece é do ‘Não Salvo’. A explicação é muito fácil: eu vi essa publicação no Medo B, que fala sobre coisas misteriosas, terror, etc (…) Mas muita gente questionou a data que aparece no Google. E essa explicação eu não tenho”, comentou.
Veja:
Entenda o caso
Bruno de Melo Silva Borges, de 24 anos, está desaparecido desde o dia 27 de março e o caso ganhou repercussão nacional com a publicação de um vídeo não autorizado mostrando o cenário encontrado no quarto do jovem.
Estudante de psicologia, Bruno foi visto pela última vez durante um almoço de família às 14h, na cidade de Rio Branco, no Acre. No cômodo, foram encontrados 14 livros criptografados escritos à mão por ele mesmo, paredes cobertas por mensagens, símbolos gnósticos e uma estátua do filósofo Giordano Bruno (1548-1600) orçada em R$ 7 mil.
Em entrevista ao G1, a psicóloga Denise Borges, mãe de Bruno, contou que ela e o marido viajaram durante mais de 20 dias, período utilizado pelo estudante para fazer as modificações no quarto. Na segunda-feira (27), quando retornaram, o pai dele, o empresário Athos Borges, percebeu o desaparecimento ao entrar no cômodo, que não possuía mais os móveis comuns, como a cama.
Denise afirmou que o filho trabalhava no projeto pessoal há algum tempo e havia pedido ajuda financeira para custear a produção. A mulher propôs financiar os livros caso a temática fosse compartilhada com ela, mas ele não aceitou. Após alguns encontros e debates sobre os livros, o médico oftalmologista Eduardo Veloso, primo de Bruno, decidiu custear a produção dos livros e transferiu a quantia de R$ 20 mil para a conta de Bruno.
Um dos textos criptografados deixados por Bruno já foi decodificado. Veja:
https://www.feedclub.com/hacker-descriptografa-pagina-escrita-por-jovem-desparecido-no-acre/
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