O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) condenou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) a pagar R$ 50 mil, por danos morais coletivos, por um comentário feito sobre comunidades quilombolas. O valor será revertido ao Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos.
Em um evento realizado em abril deste ano, o político disse ter visitado um quilombo e percebeu que as pessoas presentes “não faziam nada” e que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles”, disse Jair Bolsonaro, na ocasião.
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Após o vídeo da declaração ter se tornado público, o MPF-RJ entrou com uma ação contra Jair Bolsonaro. O resultado do processo, publicada na última segunda-feira (2), não foi favorável ao político, que foi acusado de “ofender e depreciar a população negra e os indivíduos pertencentes às comunidades quilombolas, bem como incitar a discriminação contra esses povos”.
Ainda segundo o texto do MPF-RJ, Bolsonaro distorceu informações e utilizou “expressões injuriosas, preconceituosas e discriminatórias com o claro propósito de ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra”. Os procuradores responsáveis pela decisão, Ana Padilha e Renato Machado, dizem que as afirmações “desumanizam as pessoas negras, retirando-lhes a honra e a dignidade ao associá-las à condição de animal”.
Jair Bolsonaro pode recorrer da sentença. A assessoria do político informou que ele não se pronunciará sobre o caso.
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