Jean-Luc Godard – famoso cineasta franco-suíço – morreu por suicídio assistido nesta terça-feira (13) aos 91 anos em Genebra, na Suíça.
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Ele simplesmente resolveu colocar fim à sua existência determinando a hora da própria morte. O procedimento é permitido na Suíça desde 1942.
“Ele não estava doente, apenas esgotado“, disse a família ao jornal ‘Libération’. “Foi decisão dele e é importante que se saiba”, acrescentou a fonte próxima de Jean-Luc.
Anne-Marie Miéville, esposa do cineasta, afirmou que ele “morreu pacificamente em casa, cercado por entes queridos”, em Rolle, às margens do Lago de Genebra.
A decisão de Jean-Luc Godard foi a mesma tomada pelo contemporâneo ator franco-suíço Alain Delon. Após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) em 2019, sua vida passou a ser muito dura.
Em março de 2022, o ator resolveu optar pelo suicídio assistido. Na época, o fato chocou muita gente. Fãs do ator pediram que ele não fizesse isso, mas a decisão estava tomada e Alain Delon morreu no momento em que ele mesmo escolheu.
Assim também foi com Jean-Luc Godard nesta terça-feira (13). Oito anos atrás, Godard já havia comentado que o suicídio assistido era uma possibilidade para ele.
“Não estou ansioso de perseguir a qualquer preço. Se estiver doente demais, não tenho vontade alguma de ficar sendo arrastado em um carrinho de mão”, disse o cineasta em entrevista de 2014.
O presidente francês, Emmanuel Macron, se pronunciou sobre a morte de Jean-Luc Godard.
“Jean Luc-Godard foi o mais iconoclasta dos cineastas da Nouvelle Vague. Ele inventou uma arte decididamente moderna e intensamente livre. Perdemos um tesouro nacional e um gênio“, declarou o líder político.
Quem foi Jean-Luc Godard?
Jean-Luc Godard nasceu na Suíça em 1930 e iniciou a carreira como crítico de cinema. Depois começou a se aventurar na produção de filmes e documentários experimentais.
O cineasta quebrou paradigmas ao se aventurar em um novo estilo de filmagem, apostando em câmeras com mais movimento, além da narrativa, do som e dos cortes propostos por ele – que figuravam como uma grande novidade para a época.
Justamente devido a esse olhar diferenciado, Godard foi um dos fundadores da Nouvelle Vague, importante movimento do cinema mundial, e influenciou muito as produções cinematográficas das décadas posteriores.
Ao longo dos 70 anos de carreira, Jean-Luc Godard fez mais de 40 longas-metragens. Seus filmes de maior destaque são: ‘Acossado‘ (1960) e ‘O Desprezo‘ (1963), estrelado por Brigitte Bardot.
Outras obras de Jean-Luc Godard são: ‘Viver a Vida‘ (1962), ‘Alphaville’ e ‘O Demônio das Onze Horas’, os dois de 1965, ‘Week-End à Francesa’ (1967), ‘Carmen’ (1983), ‘Eu Vos Saúdo Maria‘ (1985) e ‘Adeus à Linguagem‘ (2014).
Assim que completou 90 anos, em março de 2021, Godard anunciou os planos de se aposentar, mas declarou que ainda faria mais dois filmes antes de parar.
“Estou finalizando a minha vida no cinema – sim, minha vida de cineasta – com mais dois roteiros. Depois disso, eu direi: ‘Adeus, cinema!‘”, declarou ele na época.
Um fato interessante é que o cineasta franco-suíço é citado em várias músicas brasileiras, como na clássica ‘Eduardo e Mônica‘, do Legião Urbana.
“Eduardo e Mônica trocaram telefone, depois telefonaram e decidiram se encontrar. O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver um filme do Godard“, diz o trecho.
Além dessa, outra canção que cita Godard é ‘Selvagem‘, dos Paralamas do Sucesso: “O governo apresenta suas armas. Discurso reticente, novidade inconsistente. E a liberdade cai por terra aos pés de um filme de Godard“.
Bandas como Engenheiros do Havaí, Skank e Cachorro Grande também já citaram o diretor em suas canções.
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