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Como é a vida de João de Deus na prisão?

Médium acusado de centenas de abusos sexuais e outros crimes foi transferido de volta para a cadeia

Enfrentando mais de 500 denúncias de abuso, assédio sexual e pedofilia, o médium João de Deus segue mantido em reclusão em uma penitenciária da cidade de Aparecida de  Goiânia, no estado de Goiás. Ele foi levado de volta ao complexo prisional na última quinta-feira (6), por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Antes disso, o homem de 77 anos ficou internado desde o dia 22 de março no Instituto Neurológico de Goiânia. Neste local, ele ocupou um quarto com frigobar, ar condicionado, televisão e um banheiro privativo. João de Deus foi levado do hospital à cadeia no porta-malas de um carro de escolta prisional.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado informou que João de Deus está isolado em uma sala de 120 metros quadrados, sem grades, no Núcleo de Custódia – mesmo espaço em que já esteve, quando foi preso em dezembro.

O órgão explica que o acusado foi levado para a sala individual por conta da natureza dos crimes e, por isso, não pode ficar com outros presos enquanto for um detento provisório, por questões relacionadas à sua integridade física.

O hospital recomendou que o médium receba atendimento de home care após a alta, mas a secretaria informa que, no sistema prisional, não existe essa possibilidade. O atendimento será realizado pelos médicos do complexo, sempre que for solicitado, quando o preso estiver sentindo alguma coisa.

Também foi informado que não há nenhuma possibilidade de tratamento diferenciado em relação aos outros presos. João de Deus está submetido às mesmas regras de rotina do restante da população carcerária da unidade, com direito ao banho de sol.

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Além dos abusos sexuais, ele é acusado de falsidade ideológica, posse ilegal de arma de fogo e corrupção de testemunhas. João de Deus nega todos os crimes atribuídos a ele e a defesa alega que vai recorrer à decisão que o levou de volta à penitenciária.

“Tratando-se de uma pessoa idosa e portadora de doença vascular, além de um aneurisma na orta abdominal, é uma verdadeira crueldade o reencarceramento”, disseram os advogados em nota enviada à imprensa.

Em março, a Revista Veja havia feito um levantamento sobre como o médium se comportava na cadeia. Leia:

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