Maysa Vilela
A jornalista argentina Dominique Metzger foi para o Catar para cobrir a Copa do Mundo 2022 e acabou tendo sua carteira furtada durante uma entrada ao vivo.
No Instagram, ela contou que passava as informações sobre a competição de futebol para o programa de TV Argentino, quando levaram a carteira dela, com documentos, cartões e dinheiro.
Dominique disse nas redes sociais que, no momento, não percebeu nada. Só depois, notou a falta de seus bens e dinheiro. Ela procurou uma delegacia e, chegando lá, algo a surpreendeu: a polícia pediu para que ela escolhesse punição ao ladrão.
“Bem, experiência do Qatar: minha carteira acabou de ser roubada quando estávamos fazendo a transmissão ao vivo. Estou na delegacia de polícia e me mandaram aqui fazer queixa porque garantem que está tudo sob vigilância e que vão encontrar a carteira que tinha os meus documentos, dinheiro, cartões, que obviamente é o que mais me preocupa”, iniciou a jornalista.
Segundo Dominique, visitantes como ela no Catar costumam ser bastante abordados pela população local. Em um desses momentos de descuido, o furto aconteceu.
“Não percebi quando fui assaltada. A certa altura, estávamos dançando com algumas pessoas (e mexendo) no celular e talvez tenha sido lá. A população local nos vê aqui, pessoas diferentes e quer sair com a gente. […] Eu queria tirar minha carteira para comprar uma garrafa de água e então percebi que (a carteira) não estava lá“, afirmou ela.
A situação que aconteceu na delegacia em que fez a queixa, surpreendeu Dominique. Havia um setor destinado só para as mulheres e, lá, ela foi perguntada a respeito de que tipo de pena ela queria para o ladrão.
“Teve um momento em que me pediam para escrever o meu depoimento, e aí veio a parte mais complexa, porque me perguntaram: ‘O que quer que a justiça faça com isto? Porque vamos encontrá-lo, há câmeras de alta definição em todos os lugares‘. E eu pensei ter entendido mal a tradução, mas não: ficaram me perguntando que pena eu queria para o ladrão, se eu queria que ele fosse condenado a 5 anos de prisão, se eu queria que ele fosse deportado“, contou Dominique, surpresa com a maneira que a Justiça funciona no Catar.
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