Em fevereiro de 2018, um jovem do Espírito Santo foi demitido após uma foto com um comentário racista viralizar. Na ocasião, Lucas Almeida fez uma selfie com rapazes negros no Carnaval e sugeriu que eles roubariam celulares.
Iarley Duarte, um dos jovens que aparecem sorridentes na foto, contou em seu Facebook que não conhecia Lucas e que ele pediu para tirar uma foto com ele e seus amigos. “Infelizmente, ninguém está livre do racismo e do preconceito”.
A postagem viralizou e o comentário de Iarley foi compartilhado mais de 13 mil vezes antes da publicação ser excluída. A repercussão foi tão grande que os empregadores de Lucas ficaram sabendo do ocorrido e decidiram tomar uma atitude.
Fabrício Affonso, sócio-proprietário da empresa onde o jovem era estagiário, escreveu uma nota para esclarecer o desligamento do funcionário e falar sobre o que considerou uma postagem “preconceituosa, infeliz e racista”.
“Conheço meus funcionários a nível pessoal, e acredito que a postagem tenha sido profundamente infeliz, beirando a ingenuidade mas, novamente, a empresa não pode compactuar com esse tipo de comportamento irresponsável e muito menos responder por ele”, disse.
Fabrício é negro e deu um relato pessoal das dificuldades que passou por causa de sua cor de pele até se tornar dono da empresa.
Ele concluiu: “Não nos interessa um funcionário com tal perfil. Nem a imaturidade, nem o Carnaval e nem a bebida são desculpas para o racismo. Nada é desculpa para o racismo”.
Após a publicação desta matéria, Lucas Almeida publicou uma nota de retratação. Horas depois, ela foi retirada do ar.
Nela, ele havia afirmado que a ‘brincadeira’ tinha como intuito combater a discriminação social através da ironia, e que o meme era uma referência a ele próprio, não aos três jovens da foto.
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