Kleber Moraes, popularmente conhecido como Klebim, foi preso nesta segunda-feira (21) por suspeita de associação criminosa para jogos de azar e lavagem de dinheiro.
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Com mais de 1 milhão de inscritos no canal ‘Estilo DUB’ e 1,6 milhões de seguidores no Instagram, Klebim é conhecido por fazer sorteios e rifas de carros de luxo, que eram vendidas aos seguidores.
Além de Kleber Moraes, outras três pessoas (associados e amigos do youtuber) também foram presas na Operação Huracán da Polícia Federal. Klebim e os ‘parceiros’ trabalhavam na divulgação das rifas e na organização dos sorteios.
Após uma denúncia e com o andamento das investigações, a polícia apreendeu 9 carros de luxo de Klebim, entre eles uma Lamborghini e uma Ferrari – avaliadas em R$ 3 milhões cada.
Os sorteios realizados por Klebim e outras tantas pessoas nas redes sociais são ilegais perante a Lei Brasileira, pois eles não passam pela aprovação da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia (Secap/ME).
É necessário ter CNPJ e uma empresa regularizada para pedir autorização do governo para, só então, poder realizar o sorteio.
“Você apresenta seu plano de operação e eles analisam. Depois te dizem se está tudo certo ou se precisa modificar algo dentro do que a lei exige”, explicou o advogado Fabio João Turnes em entrevista ao ‘Terra’.
Além disso, é preciso pagar impostos ao governo federal para fazer sorteios – o que a maioria dos organizadores não faz.
Existe uma taxa de fiscalização que deve ser paga para a Secap antes do sorteio. Depois de feito, é necessário recolher 20% do Imposto de Renda sobre o valor do prêmio que está sendo oferecido.
Portanto, “a pessoa ou empresa que decidir realizar um sorteio ou rifa sem seguir os passos acima está cometendo crime de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro“, segundo o advogado especialista.
Veja uma captura de tela do canal de Klebim, com mais de 1 milhão de inscritos:
Klebim sorteava carros de luxo
Na quinta-feira (24), a polícia apreendeu mais um carro de Kleber Moraes, uma BMW M4 que seria rifada por ele.
Klebim, inclusive, já havia até publicado um vídeo no YouTube mostrando o veículo de luxo aos seguidores. Segundo o influencer, ele tinha acabado de comprar o carro.
“Peguei o carro para brincar, para dar uma curtida. Então, vamos deixar ela zero“, diz Klebim no vídeo.
A BMW M4 é avaliada em cerca de R$ 500 mil e, segundo a polícia, estava em uma oficina no Setor de Oficinas Norte (SOF Norte).
Através da placa, os oficiais localizaram o carro e, com uma ordem judicial, apreenderam o veículo.
Klebim chegou a postar um vídeo em seu canal no YouTube sobre o carro. Veja:
Confira uma foto da BMW M4 sendo apreendida pela polícia:
Rede de laranjas
A Polícia afirma que Klebim criou uma “rede de laranjas” para lavar o dinheiro recebido pelas rifas ilegais de carros de luxo que realizava na internet.
Pessoas de diferentes regiões do país eram usadas para receber parte do dinheiro e depois transferir para as empresas de Kleber Moraes como pagamento por algum serviço.
De acordo com o ‘G1’, um mecânico suspeito de atuar como “laranja” tinha uma renda de R$ 5,3 mil mensais, mas movimentou R$ 3,4 milhões em seis meses.
Outro caso citado pela reportagem é de uma mulher que recebia R$ 1,2 mil por mês, mas repassou R$ 600 mil para empresas de Klebim, em apenas três meses.
Kleber Moraes justificava a movimentação desse dinheiro com a compra de acessórios para veículos ou prestação de serviços por suas empresas, segundo informado pelos investigadores.
Com a grana em suas contas, o youtuber entregava o carro para vencedor do sorteio e dividia o restante entre os sócios que ajudavam na divulgação das rifas e dos sorteios.
Essa renda conquistada de maneira ilegal contribuiu para o enriquecimento de Kleber Moraes, que construiu uma mansão avaliada em R$ 4 milhões e comprou seus próprios carros de luxo – que ele gostava de ostentar na internet.
Ainda de acordo com a polícia, o grupo comandado por Klebim movimentou aproximadamente R$ 20 milhões entre 2021 e 2022. A Justiça expediu oito mandados de busca e apreensão nos endereços dos suspeitos e bloqueou R$ 10 milhões de suas contas.
Os investigadores suspeitam, ainda, que o grupo emprestava dinheiro a criminosos que realizavam roubos e furtos.
A defesa de Kleber Moraes negou as acusações e afirmou, nesta terça-feira (22), que a prisão dos suspeitos foi “requerida para criar constrangimento e humilhação dos investigados”.
Veja um registro de Klebim sendo detido:
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