A novela ‘Avenida Brasil’ foi um dos maiores sucessos do país e você, com certeza, deve se lembrar da Ágata, a filha da vilã Carminha que sofria todas nas mãos da mãe. A ex-atriz mirim, como era de se esperar, cresceu e está com 18 anos de idade!
Agora, Ana Karolina Lannes surpreendeu ao revelar que é lésbica. Em uma entrevista ao portal Uol, ela falou publicamente sobre o assunto pela primeira vez e contou como seus pais reagiram à revelação.
Atualmente ela vive na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde estuda artes cênicas há um ano. Ela contou que fez a revelação antes de sair da casa dos pais e que tudo aconteceu de forma bem espontânea, entre outros assuntos.
“Comentei com meus pais por eles serem mais próximos, mas meus avós e meus tios sabem por cima. Nunca conversamos muito. A reação dos meus pais foi de apoio e um pouco de receio por conta do que eu poderia sofrer. Eles perguntam como estou, como vai meu coraçãozinho… Temos uma relação gostosa”, diz.
Karol também é filha de pais gays desde os 4 anos de idade, quando perdeu a mãe. Sua criação foi assumida pelo tio Fábio e pelo marido dele, João Paulo. Sobre a sexualidade, ela conta que não sofreu para se aceitar.
“Eu sempre me aceitei em relação a tudo – meu corpo, minha sexualidade, sempre respeitei minhas decisões, e meus pais também. Tive mais sorte que a maioria da comunidade. Eu não sofri discriminação em casa, recebi apoio. Talvez essa tenha sido a contribuição da sexualidade deles”, afirma.
“Ouvi de muitas pessoas, antes mesmo de eu explorar a minha sexualidade, que eu viraria gay por conta dos meus pais. Mas, se dependesse da influência deles, eu seria uma princesinha. Sempre fui mais meninona mesmo, até no jeito de me vestir. Desde pequena meus pais queriam me vestir de um jeito e eu ficava roubando roupa deles para eu me vestir como eu queria”, lembra.
Ela também contou sobre os relacionamentos que já teve e que atualmente está solteira. Além disso, comentou sobre a sexualidade na época da escola.
“Cheguei a ficar com alguns meninos no início da adolescência, mas fiquei com a primeira menina com uns 15 anos. Eu sabia que era isso pra mim, mas não tinha necessidade de falar. Só resolvi contar quando achei que iria começar algo sério com alguém. Acabou não dando certo, mas valeu a pena por me incentivar a me abrir”.
“No início, alguns meninos da minha sala eram imaturos. Comentários e indiretas maldosas sempre existiram, mas nunca me importei. Eu era amiga dos professores [risos], sempre me rodeei de pessoas que pudessem agregar na minha vida positivamente, não pessoas que querem te derrubar para chamar a atenção”, conta.
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