O nome da apresentadora Luisa Mell, famosa ativista pela causa animal, voltou a ser um dos mais comentados das redes sociais nesta sexta-feira (25). Pela segunda vez em 2019, ela está sendo acusada de intolerância religiosa após fazer uma declaração polêmica em sua conta do Instagram.
Tudo começou quando Luisa Mell publicou a foto de um cachorro que passou por cirurgia após ter perdido suas duas patas traseiras. No texto, a ativista escreveu que o animal havia sido vítima de um ritual religioso e que ainda seria sacrificada, caso não fosse resgatada a tempo.
“Não tenho palavras, só choro. Em nome de uma religião, de uma crença, em um ritual, esse filhotinho teve as duas patinhas de trás e as orelhas cortadas, lentamente. Conseguimos fazer seu resgate antes de seu ‘sacrifício final’ e ele está conosco agora”, escreveu ela.
“Não entendo por que ele tem que pagar com seu corpo, com seu sofrimento, a crença alheia. O que ele fez a esse deus para que lhe causassem tanto sofrimento, tanta dor? Nunca, nunca vou entender. Nunca irei concordar. Minha religião sempre foi e sempre será meus atos. Ele está medicado, vai passar por cirurgia e precisaremos criar próteses para ele”, completou.
Confira a publicação original:
O que Luisa jamais esperava é que ela seria desmentida em público por uma mulher que deixou um comentário nas redes sociais. Ela se identificou como a veterinária que atendeu o animal, afirmou que era uma cadela, fêmea, e acusou a apresentadora de ser sensacionalista por, supostamente, inventar uma história.
A mulher que se identificou como veterinária disse que a cadela, na verdade, foi vítima de um atropelamento e que não foi resgatada pela ativista. A pessoa que estava cuidando da filhote, sem recursos, teria apenas pedido ajuda para a famosa.
Veja o comentário original:
Rapidamente, o assunto viralizou na web e Luisa Mell causou muita indignação em boa parte dos internautas. Ela passou a ser acusada não só de disseminar notícias falsas, como, também, de intolerância religiosa e racismo, por culpar um suposto ritual religioso pelos ferimentos do animal.
Entre outras acusações, ela foi considerada de usar da desonestidade e de mentiras para causar comoção para sua causa.
Veja algumas reações de usuários do Twitter:
A questão nem é se a cachorra foi atropelada ou maltratada, e sim q é irresponsável a Luisa Mell pegar um caso e generalizar p/ poder criticar uma religião – extremamente marginalizada e vítima de preconceito.
Ela pode fazer um trabalho incrível com os animais, mas errou nisso.
— Veds (@ei_veeds) October 25, 2019
se você advoga cegamente pela luisa mell e não filtra o grande caminhão de merda que é a intolerância religiosa dela
nem fala comigo
— duds (inktober @feitopeladuds) (@ddsaldanha) October 25, 2019
Talvez vocês não se lembrem, mas não é a primeira e nem a última vez que a Luísa Mell relaciona os cultos de religiões afro com tortura de cães. Qdo foi convidada por membros da religião a entender melhor sobre, ela se recusou a se retratar e a conversar sobre isso pic.twitter.com/hghAYjf2dd
— Bic Müller (@bicmuller) October 25, 2019
Mais tarde, Luisa Mell utilizou a função Stories de sua conta do Instagram para tentar se defender das acusações. Ela publicou um suposto e-mail que teria recebido, onde informava que o animal havia sido vítima de maus-tratos e que era usado na prática de sacrifícios.
Em abril deste ano, a ativista acabou se envolvendo em uma grande polêmica ao tentar criticar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que passa a ser constitucional a lei que permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religião de matriz africana. Na época, ela foi acusada de preconceito, racismo e de intolerância religiosa.
Relembre:
Luisa Mell é acusada de racismo ao criticar decisão do STF sobre sacrifício de animais
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