O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta deixar o Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, para se entregar à Polícia Federal, após sua condenação expedida pelo juiz Sérgio Moro na quinta-feira (5). Contudo, sua saída foi impedida por um grupo de manifestantes apoiadores de Lula.
Militantes favoráveis a Lula bloquearam as duas saídas do sindicato e gritaram: “Cercar, sentar e não deixar prender.” O clima é tenso no momento em que um comboio da Polícia Federal já está no local. Há correria de uma entrada para outra e chegaram a colocar uma corrente no portão.
A maioria dos presentes, porém, pediu que esse pequeno grupo não bloqueasse a saída, pois essa atitude não representava o movimento e causaria riscos. Graças ao bloqueio, Lula acabou por voltar ao sindicato.
O grupo que tentou impedir a saída de Lula do Sindicato, em São Bernardo, era composto por cerca de dez militantes, que tentaram pular a cerca.
Negociação
Segundo fontes que participaram das tratativas entre Lula e a Polícia Federal, a partir de agora começa a tentativa de negociação com o juiz Sérgio Moro referentes à execução da pena.
Petistas apostam que, com a prisão do ex-presidente, Moro chegou ao topo e “agora só pode descer”. Por isso pode ter alguma disposição em negociar.
Últimas horas
Nas últimas horas, Lula ficou em uma sala reservada do Sindicato apenas com a família (filhos, noras, netos, bisneta e uma irmã), o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, o ex-secretário-geral da Presidência Gilberto Carvalho e a secretária Claudia Trajano. Parlamentares e demais convidados estão em outras salas. Por ordem de Lula, a pré-candidata Manuela D’Ávila (PC do B) acompanhada da filha Laura, de 2 anos, ganhou uma sala privativa.
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