Maysa Vilela
Aos 34 anos, o ator Max Fercondini falou em entrevista ao portal ‘Gshow’ sobre suas viagens pelo mundo, sua vida à bordo de um veleiro e seus planos para o futuro. Além de ator, ele também é diretor e produtor. Atualmente ele mora em uma embarcação atracada na cidade de Lisboa, Portugal.
“Moro há dois anos e meio a bordo do meu veleiro e essa é a experiência mais incrível que eu já tive. Não tenho planos de largar esse estilo de vida tão cedo. Sou um privilegiado e agradeço todos os dias pelas oportunidades que tenho. Acho que a gente atrai coisas positivas com atitudes e escolhas boas”, disse Max.
Max começou a atuar na televisão aos 14 anos. Ele teve papéis importantes na TV Globo, como nas novelas ‘Malhação’, ‘Ciranda de Pedra’ e ‘Páginas da Vida’. Atuou também como repórter do programa ‘Como Será?’ e foi o apresentador do ‘Globo Ecologia’.
Mesmo longe das telas há alguns anos, Max continua sendo reconhecido nas ruas – até mesmo em Portugal!
“Tenho um público muito fiel aos meus trabalhos. Especialmente os que me acompanhavam na apresentação do Globo Ecologia e nas expedições que fiz pela América do Sul. Aqui em Portugal, às vezes eu ainda fico chocado por ser reconhecido na rua por portugueses e africanos que vivem em Lisboa. É impressionante ver o poder das novelas brasileiras em países lusófonos”, afirmou.
Dentre suas experiências de vida estão: uma viagem por todo o Brasil pilotando um avião e ter conhecido a América do Sul inteira com um motorhome. Quando ele se preparava para cruzar o Oceano Atlântico pela terceira vez, veio a notícia da pandemia de coronavírus, que o fez mudar os planos.
“Já cruzei o Atlântico duas vezes, em um total de 40 dias no mar, nas duas travessias. Estar confinado durante tanto tempo, sem acesso à internet e sem contato com qualquer ‘pedaço’ de terra é uma prova de que os seres humanos são capazes de se adaptar à qualquer situação e lograr sucesso em isolamento. A solidão para mim não existe”, relatou.
As lembranças de amigos e da família o ajudam a passar por esses momentos. “Só está solitário quem não tem na memória o carinho e calor de boas experiências vividas. O resto é saudade. E saudade dos amigos eu tenho. Eles me ‘visitam’ sempre na lembrança”, afirmou.
Ele disse mais: “A escolha de morar em um veleiro é, para mim, uma viagem de autoconhecimento e é necessário que seja feita distante de tudo para que você possa se aproximar do seu ‘eu’ interior”, ponderou.
Max Fercondini sonha em escrever um livro e produzir um documentário com suas experiências. Para isso, ele resolveu aprender a executar funções como fotografar, gravar e editar imagens.
“Eu não teria dinheiro suficiente para sustentar uma equipe de produção em tempo integral comigo. Por isso resolvi aprender como fazer tudo. Acho que a narrativa fica ainda mais interessante, pois o público pode acompanhar o conteúdo em primeira pessoa, como se estivéssemos viajando juntos”, explicou.
O ator falou, ainda, que a ideia do lançamento do livro é para logo. “Pretendo lançar o livro no final deste ano ou no início do próximo. Ainda estou avaliando o que será melhor para fazer com todas as dificuldades que estamos passando, mas as pessoas podem acompanhar mais dessa minha rotina através das minhas redes sociais, pois tenho compartilhado alguns trechos do livro lá”, adiantou.
Questionado se voltará para as novelas, Max diz que, por enquanto, não. “Me sinto mais realizado produzindo e dirigindo os projetos das minhas expedições”, finalizou.
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