Leandro Rios, um médico de 43 anos, foi encontrado morto no banheiro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Volta Grande, na cidade de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, neste domingo (2).
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, mas evidências sugerem como ele faleceu.
No pulso do médico tinha uma seringa aplicada ao pulso. Ao lado do corpo, ampolas de fentanil – um opioide sintético que é utilizado como uma medicação contra dores intensas e também pode ser usado juntamente com outros medicamentos para a anestesia.
A substância pode ser entre 50 a 100 vezes mais forte que a morfina e entre 30 a 50 vezes mais potente que a heroína.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Volta Redonda, Leandro Rios fazia parte da equipe há poucas semanas.
“Não podemos deixar de externar nossa tristeza e preocupação com a forma como essa vida se esvaiu. Todo apoio aos nossos profissionais de saúde nesse momento duro e de muitas perdas. Aos familiares e amigos, nossas condolências”, diz nota divulgada pelo órgão público.
O vício em opioides é um problema antigo na história da humanidade. Há mais de 3 mil anos uma flor começou a ser usada como remédio no Egito. Depois, a mesma planta passou a ser utilizada de modo recreativo.
“Eles agem no sistema opioide do corpo ligando receptores opioides no cérebro. Receptores opioides também influenciam humor e normalidade das funções do corpo”.
“Com essas funções, também, opioides ligam força e durabilidade, assim seus efeitos são mais pronunciados e vastos do que as moléculas de sinalização natural do próprio corpo”.
“Quando uma droga liga receptores opioides, ela libera o lançamento de dopamina, que é relacionada a sentimentos de prazer e pode ser responsável pela sensação de euforia que caracteriza o efeito do opioide“.
“Ao mesmo tempo, os opioides suprimem a liberação de noradrenalina, o que influencia a insônia, respiração, digestão e pressão sanguínea. Uma dose terapêutica diminui noradrenalina suficiente para causar efeitos colaterais como constipação”.
“Em altas doses, eles reduzem batimentos e respiração a níveis perigosos, causando perda de consciência e até morte“.
As informações são do sociólogo norte-americano Mike Davis, durante palestra no TED, série de conferências dos Estados Unidos realizada na Europa, Ásia e nas Américas.
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