Uma adolescente de 14 anos é suspeita de sequestrar, assassinar e carbonizar o corpo de uma professora de 26, que era sua ex-namorada. A mãe da adolescente também foi detida, acusada de ser cúmplice no crime.
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A vítima, identificada como Vitória Romana Graça, foi dada como desaparecida em 20 de julho. O mistério começou a se desenrolar quando os familiares receberam uma chamada anônima.
A voz do outro lado afirmou que Vitória havia sido sequestrada e pedia um resgate. Mais tarde, a polícia descobriu que a conta bancária da vítima foi alvo de movimentações não autorizadas.
A partir da ligação anônima, a equipe de inteligência da polícia começou a investigar o caso e rapidamente rastreou o paradeiro da professora. O corpo foi encontrado perto da residência da adolescente na sexta-feira, 11 de agosto, carbonizado e irreconhecível.
Em uma reviravolta, a mãe e a filha de 14 anos foram presas na tentativa de escapar da cidade. A mãe já foi procurada pela justiça, com um mandado de prisão em aberto por roubo qualificado. A detenção imediata foi então processada em prisão preventiva.
As autoridades continuam a investigar o crime, trabalhando para entender as motivações por trás deste ato brutal contra a ex-namorada da adolescente.
As perguntas ainda permanecem: como uma jovem de apenas 14 anos pôde estar envolvida em algo tão monstruoso? Quais foram as circunstâncias que levaram a esse ato hediondo?
Vítima ligou ‘aos prantos’ para mãe antes de morrer
A jovem professora trabalhava na Escola Municipal Oscar Thompson há apenas 4 meses. Não ficou claro se a adolescente também era aluna dela.
O caso começou a se desenrolar quando a mãe de Vitória recebeu uma ligação angustiante de sua filha, “aos prantos“, informando que tinha sido sequestrada.
Era cerca de 5h da manhã do dia seguinte ao desaparecimento e ela só conseguiu responder que não podia revelar quem a havia levado.
O terror da família continuou com ameaças por telefone e a exigência de R$ 2 mil pelo resgate.
Os investigadores descobriram que Vitória teve um relacionamento com a adolescente, mas que a adulta teria decidido terminar por acreditar que a mãe da garota estava explorando o namoro para ganhar benefícios financeiros.
Um amigo da professora relatou que a professora comprava cestas básicas e outros itens para a família da namorada, percebendo que a geladeira da casa estava sempre vazia.
Em um detalhe ainda mais perturbador, descobriram que a dupla usou a conta bancária de Vitória para fazer transferências e pagar uma compra em uma mercearia.
No dia do desaparecimento, Paula e o irmão procuraram Vitória na escola para discutir o fim do relacionamento, pedindo que ocorresse uma conversa “fora do seu local de trabalho” – tendo sido a isca para atrair a vítima para a armadilha.
Um amigo da vítima garantiu que o encontro fosse em um público local, “de preferência um shopping, onde tem muitas pessoas”.
Porém, Vitória nunca mais foi vista após sair para encontrar Paula. Nesse mesmo dia, foram feitas várias transferências pelo telefone de Vitória para o irmão de Paula, que ainda não foi localizado pela polícia.
Motivação para morte de ex-namorada
Segundo as autoridades, Paula Custódio Vasconcelos, de 33 anos, e a filha, a adolescente de 14 anos, parecem ter sido motivadas por questões financeiras.
O delegado Victor Maranhão resolveu a situação, afirmando: “Uma das testemunhas contou que a Vitória ajudava financeiramente a menor com quem tinha um relacionamento. Ao terminar o namoro, a ajuda também teria terminado, e a Paula foi até a escola em que a professora vigiava para tirar satisfações”.
Esta revelação lança luz sobre a possível motivação para o crime.
A cronologia dos eventos é preocupante. Na quinta-feira (10), Paula foi à escola para enfrentar o Vitória. Nesse mesmo dia, Vitória foi ao encontro da ex-sogra e da ex-namorada.
A madrugada seguinte trouxe terror para a família de Vitória, quando a mãe, Maria Zélia, recebeu o telefonema informando que a filha havia sido sequestrada.
Desesperada, Maria Zélia foi até a 35ª DP em Campo Grande para registrar o desaparecimento da filha e informar sobre o telefonema sinistro que recebera.
Os piores medos da família se concretizaram quando Vitória foi encontrada morta. O funeral ocorreu no domingo (13), o mesmo dia em que a prisão de Paula foi transformada em preventiva. A menor permanece apreendida.
O caso continua em investigação, mas os detalhes emergentes pintam um quadro sombrio de traição e ganância.
Veja uma imagem da fachada da Escola Municipal Oscar Thompson, onde Vitória trabalhava:
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