Uma tragédia aconteceu na última quarta-feira (25) em Bauru, no interior de São Paulo. Um menino de 2 anos e meio morreu após ser esquecido no carro por mais de 3 horas – no mesmo dia em que os termômetros da cidade marcaram mais de 36ºC.
Uma cuidadora ilegal, Glaucia Aparecida Luiz, foi a responsável por esquecer Arthur Oliveira dos Santos dentro do carro estacionado em frente à creche clandestina que ela mantinha em sua própria casa.
Arthur era uma dentre as 11 crianças que ficavam sob responsabilidade dela diariamente. A cuidadora, que tem 35 anos de idade, contava apenas com a ajuda da filha de 16 anos.
Além de cuidar das crianças, Glaucia também buscava elas em casa. Na última quarta (25), ela buscou Arthur e, ao chegar na creche, desceu sozinha e o deixou esquecido no carro.
Câmeras de segurança mostram o que parece ser ele batendo na janela, querendo sair. Crianças que andavam de bicicleta na rua não perceberam a presença do menino preso no carro.
A cuidadora demorou quase 3 horas para perceber e tirar o menino do veículo, mas ele acabou morrendo. Segundo a Polícia, ele ficou preso no veículo das 13h45 às 16h51.
A tragédia aconteceu no dia mais quente do ano em Bauru, cidade que fica a 330 km de São Paulo.
Glaucia o pegou no colo, levou para o interior da creche, onde fez manobras de ressuscitação cardíaca.
Sem sucesso e desesperada, foi até uma Unidade de Pronto Atendimento e deixou Arthur, já sem vida, nos braços de uma segurança, alegando que precisava avisar os pais da criança.
Esquecido no carro
Arthur era filho do casal Fabrício Lucas do Santos e Karina Oliveira de Souza dos Santos. A cuidadora afirmou que esqueceu o menino por 15 minutos no carro, mas as câmeras de segurança mostram que ele ficou preso lá dentro por mais de 3 horas.
Durante esse tempo, ela chega a sair da creche e ir até a calçada para deixar o lixo – e não percebe a presença do garoto no carro. Algum tempo depois, ela foi até o carro para guardar algo e, então, viu o menino desacordado no banco de trás.
De acordo com informações da equipe que fez o atendimento, em entrevista ao portal ‘G1’, Arthur tinha sinais de desidratação, sufocamento e maxilar rígido.
A polícia aguarda o laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) e o laudo da perícia para definir os rumos da investigação, que vai buscar ouvir outros envolvidos no caso.
Glaucia foi presa por homicídio com dolo eventual. Uma audiência de custódia aconteceu na tarde de quinta-feira (26) e a cuidadora aguarda posicionamento da Justiça sobre o caso.
A defesa dela alegou que entrará com pedido de liberdade provisória, pois “nunca houve a intenção de ocasionar tal resultado“.
Veja uma foto da família de Arthur:
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