Caldas Novas, Goiás, é um dos locais mais conhecidos do Brasil quando o assunto é parque aquático. A cidade recebe muitos turistas diariamente que chegam sempre para se divertir mas, neste domingo (13), o que era para ser diversão terminou em tragédia para uma família mineira.
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Davi Lucas de Miranda, de 8 anos, morreu ao cair de um toboágua em manutenção no DiRoma Acqua Park, na cidade goiana.
O acidente que causou a morte da criança trouxe uma tristeza inexplicável para a família e Jaqueline Rosa, mãe de Davi, falou em entrevista sobre este dia terrível.
“Ele era uma criança de 8 anos. Só tinha uma fitinha [interditando o brinquedo]. Como não tinha ninguém lá?“, questionou a mãe de Davi.
“Eu queria ir no lugar dele. Porque eu não tenho mais planos. Meus planos eram meus filhos“, declarou ela.
Extremamente abalada, Jaqueline Rosa contou que a família é de Conselheiro Lafaiete, cidade localizada na Região Central de Minas Gerais, e já tinha o hábito de viajar para Caldas Novas para curtir os clubes.
Segundo ela, a viagem aconteceria em janeiro. Contudo, eles precisaram adiar a data pois choveu muito nesse período inicial da ano e o passeio não seria tão bom com o tempo nublado.
Acidente no toboágua
No domingo (13), Jaqueline Rosa, o marido e os filhos estavam no DiRoma Acqua Park. Davi Lucas estava com o pai enquanto a mãe cuidava do filho mais novo.
Eis que o menino de 8 anos pediu para ir ao banheiro e o pai deixou, pois ele já conhecia o local e o banheiro ficava próximo de onde eles estavam.
Davi foi, mas no caminho, decidiu subir em um toboágua conhecido como ‘Vulcão‘. No entanto, este brinquedo estava em manutenção e ele caiu de uma altura de cerca de 15 metros.
“Ele já estava acostumado. Dessa vez, como estava sem água dentro do brinquedo, por causa da manutenção, não amorteceu a queda. Ele não teve maldade quando viu a fita. Não tinha nenhuma outra barreira física“, contou Giliard Miranda, tio de Davi ao portal ‘G1’.
Davi Lucas foi atendido primeiramente pelo guarda-vidas do parque e, depois, levado pelo Samu para o Hospital Municipal de Caldas Novas. O estado dele era grave e chegou até a ser entubado.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para transferir a vítima de helicóptero para Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas o menino sofreu uma parada cardíaca e a equipe teve que retornar.
“De fato, houve negligência do parque. É um lugar com muita circulação de crianças. Com certeza, se tivesse uma barreira física ou alguém tomando conta, ele não desceria de lá. Vamos esperar passar esse momento e vamos tomar as medidas cabíveis, até para que não ocorra com outras crianças“, afirmou Giliard.
Jaqueline Rosa falou sobre o filho que morreu neste domingo (13). “Meu filho era uma criança maravilhosa, cheia de planos, um menino superestudioso. Ele só queria brincar. Mas meu filho não volta mais. Está doendo muito“, disse a mãe, Jaqueline, ao ‘G1’.
Davi está sendo velado e será sepultado nesta segunda-feira (14) na cidade em que vivia com a família, Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Ainda de acordo com o ‘G1’, a Polícia Técnico-Científica (PTC) fez perícia nesta segunda-feira (14) no toboágua e o resultado ficará pronto dentro de 10 dias.
“Foi feita perícia no local e o exame cadavérico. Algumas testemunhas começarão a ser ouvidas no decorrer do dia para esclarecermos os fatos”, disse o delegado.
O grupo DiRoma, proprietários do clube em que a tragédia aconteceu, disse que está prestando toda ajuda à família e que está consternado com a situação. Segundo eles, o Corpo de Bombeiros faz vistorias frequentes no local.
Você talvez nem saiba, mas já ouviu falar da dona desse grupo:
Leia o comunicado do grupo DiRoma, na íntegra:
“O Grupo DiRoma vem publicamente lamentar e prestar profunda solidariedade à família da criança que tragicamente se acidentou nas dependências do nosso complexo.
A área em que ocorreu o acidente estava completamente fechada com tapume e devidamente sinalizada para reforma e melhorias.
O espaço, bem como todo nosso complexo, é vistoriado com rigor pelo Corpo de Bombeiros e possui todos os alvarás e licenças emitidos pelas autoridades competentes.
Em cinquenta anos de história e tradição, nunca o Grupo DiRoma sofreu uma tragédia dessa magnitude.
As investigações sobre as causas do acidente serão realizadas pela Polícia Civil.
Estamos consternados, colaborando com as autoridades, oferecendo total suporte à família nesse momento de luto”.
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