A vencedora de um concurso de beleza na cidade de Phelan, uma pequena comunidade ao sul da Califórnia, nos Estados Unidos, abriu mão de sua coroa e de seu título por não concordar em ter que esconder suas tatuagens sempre que estiver representando o cargo em eventos oficiais.
Eleita em outubro de 2017 como Miss Phelan, a estudante Sierra Leyde, estava ansiosa para começar os trabalhos depois de receber a coroa no concurso no ano passado, quando ainda tinha 17 anos. A jovem, no entanto, não pensou que fazer as tatuagens – flores e um tubarão no braço – no seu 18º aniversário fosse prejudicá-la.
“Eu fiz mais por mim mesma”, disse ela ao programa CBS2 News.
O problema é que a Câmara de Comércio de Phelan, que patrocina o concurso, não aprovou a atitude da garota e pediu que ela assinasse um contrato explicitando que piercings não deveriam ser usados em nenhuma aparição pública, e que tatuagens precisavam ser cobertas em todas as ocasiões em que ela usar a faixa de miss e sua coroa.
Sierra pensou em conversar com a organização sobre o assunto, mas desistiu e abriu mão do título. “Eu não acho que deveria cobrir minhas tatuagens porque elas são normais hoje em dia”, declarou.
Lisa Leyde, mãe de Sierra, disse não entender a decisão, já que o concurso tinha como lema justamente a diversidade da comunidade. “Basear concurso nessa premissa e depois esmagar essa diversidade não faz sentido para mim. Me parece realmente injusto”, lamentou.
Procurada, a Câmara de Comércio de Phelan disse à CBS2 News que não tem nenhum problema com as representantes do concurso Miss Phelan terem tatuagens, desde que elas estejam cobertas durante os eventos oficiais da organização.
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