A modelo dinamarquesa Nina Agdal é alta, magra, loira e possui uma beleza padrão, mas mesmo assim é atingida pela pressão estética imposta pela sociedade. Em desabafo no Instagram, a modelo escreveu sobre não ter sido incluída em um ensaio de uma revista por supostamente não ter entrado nas roupas de amostra, que costumam ser do tamanho 0 norte-americano, equivalente ao 34 brasileiro.
Na postagem, ela falou que, aos 25 anos, se sente muito mais saudável e confiante do que aos 16, quando começou a modelar e tinha hábitos alimentares prejudiciais para ficar com o menor peso possível.
Leia o relato na íntegra:
“Hoje, estou decepcionada e chocada com a realidade ainda muito dura desta indústria. Há alguns meses, concordei em fazer uma sessão de fotos com uma equipe que eu acreditava e estava animada em trabalhar com eles. Quando recebo um e-mail desanimador, concluindo que eles não iriam publicar minha capa porque as fotos ‘não refletiam meu talento’ e ‘não se encaixavam em seu mercado’. O editor afirmou que meu visual não era o mesmo do meu portfólio e que eu não cabia nas roupas do editorial, o que é completamente falso. Quando os clientes têm interesse em mim, eles sabem que eu não tenho um corpo de modelo padrão – tenho uma estrutura atlética e curvas saudáveis. Depois de um ano duro, em que dei um passo para trás com a pressão insensível e irreal da indústria, lidando com uma ansiedade paralisante, entrei naquele estúdio como uma mulher de 25 anos mais confortável em minha própria pele e mais saudável do que nunca. Um dia, sou o tamanho do editorial, em outros eu sou 36 ou 38. Agora, mais do que nunca, abraço minhas curvas e malho na academia para continuar forte e, acima de tudo, sã. Tenho orgulho em dizer que meu corpo se desenvolveu desde que comecei esta jornada louca aos 16 anos, quando era uma menina com hábitos alimentares pouco saudáveis e insuficientes. Então, que vergonha de vocês e obrigada ao editor por reafirmar o quão importante é viver com sua verdade e dizê-la em voz alta, não importa quem você é ou o tamanho usa. Eu decidi divulgar uma imagem para alertar sobre uma questão que é muito maior e que afeta muitas pessoas, não só na indústria da moda, mas no geral, com a meta de unir mulheres de todo o mundo e celebramos os nossos corpos. Vamos encontrar maneiras de empoderar umas às outras ao invés de constantemente achar maneiras de nos destruir.”
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