A comunidade rubro-negra vive dias de pesar neste início de 2024. O querido massagista do Flamengo, Denir, faleceu nesta segunda-feira (1º) após uma batalha contra o câncer.
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Na terça-feira (2), a sede da Gávea abriu suas portas para acolher amigos, familiares e admiradores para o velório.
Curiosamente, dos jogadores atuais do Flamengo, apenas um fez questão de ir pessoalmente prestar sua última homenagem: Marcelo Lomba, formado nas categorias de base do clube e hoje defendendo o Palmeiras.
Enquanto a maioria dos jogadores aproveitava os últimos dias de férias, compareceram ao velório figuras notáveis do cenário administrativo do Flamengo.
Marcaram presença personalidades, como Marcos Braz, vice-presidente de futebol, Vitor Zanelli, vice-presidente da base, e Reinaldo Belotti, CEO do clube.
Além deles, Bruno Spindel, diretor executivo de futebol, Gabriel Skinner, supervisor, e o médico Márcio Tannure também compareceram para dar o último adeus a Denir.
O ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, que comandou o Flamengo de 2013 a 2018, foi outra figura marcante na despedida. Por outro lado, Rodolfo Landim, o atual presidente, não compareceu devido a compromissos no Sergipe.
A cerimônia matutina foi apenas o início de uma despedida cheia de emoção, que terminou com o sepultamento no Cemitério Jardim da Saudade, localizado em Mesquita, na Baixada Fluminense.
Entre os visitantes, também foram ex-atletas com histórias marcantes no clube, como Adílio e Athirson.
Athirson compartilhou memórias afetuosas de sua convivência com Denir, destacando o suporte psicológico e humano que sempre recebia do massagista.
“Ele, de muita sabedoria, ia muito no lado psicológico nosso também. Tinha momentos que a gente não acreditou que pudesse se recuperar de uma lesão, e ele ficou ali o tempo todo: ‘Você vai jogar, vai nos ajudar‘”.
“Lembro de uma discussão que tive com o Mancuso no Maracanã, aquele empurra-empurra, Denir me abraçou, me empurrou para o chuveiro e abriu a água fria: ‘Esfria a cabeça‘. E não deixou eu sair enquanto não enfriasse a cabeça”, relatou Athirson, em entrevista ao ‘GE’.
Denir deixou um legado inestimável após 42 anos dedicados ao Flamengo. Aos 75 anos, e após uma cirurgia no último ano para retirada de um tumor no cérebro, ele acabou falecendo.
Flamengo presta tributo ao lendário massagista Denir
O Flamengo, em uma nota de emoção e respeito, expressou seu luto: “Hoje, o Flamengo chora. Perdemos um dos nossos. Adenir Silva, o nosso Deni, nos deixou aos 75 anos”.
O comunicado do clube ressaltou a importância histórica de Denir.
“Um pilar de nossos valores, um símbolo máximo do rubro-negrismo, um griô em vermelho e preto. Poucas são as palavras capazes de definir um homem que se tornou ídolo da Maior Torcida do Mundo sem nunca ter entrado em campo como atleta do clube”.
Denir, que iniciou sua jornada com o Flamengo em 26 de outubro de 1981, tornou-se uma figura emblemática do próprio clube.
“Por 42 anos, dois meses e cinco dias, o Manto Sagrado foi cuidado com o capricho, a altivez e a sabedoria de um guardião apaixonado por nossas cores e por quem somos”, declarou o Flamengo.
O diagnóstico do tumor cerebral ocorreu após um mal-estar durante um dia de trabalho no CT do Ninho do Urubu. A cirurgia necessária foi realizada em 7 de setembro.
Durante o tempo de afastamento para tratamento, Denir recebeu diversas homenagens, sentindo o quanto era querido por todos no clube.
Uma das mais emocionantes foi a oração conduzida pelo meio-campista Diego, após a classificação para a final da CONMEBOL Libertadores de 2022, dedicada ao massagista.
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