A humorista Zilda Cardoso faleceu nesta sexta-feira (20), aos 83 anos de idade. Ela foi encontrada morta em casa, na cidade de São Paulo. A morte foi natural e ela não enfrentava nenhum problema de saúde.
O investigador Luiz Carlos Vegi, que realizou a perícia no local, comentou ao portal ‘Uol’: “Ela fumava três maços de cigarro por dia. Os familiares estão procurando um médico para atestar óbito”.
A atriz vivia sozinha em seu apartamento e costumava receber a visita de uma cuidadora. Ela almoçava diariamente em uma churrascaria nas proximidades, sempre acompanhada de amigos e vizinhos. Conta-se que ela era extremamente querida na vizinhança.
Quem estranhou seu sumiço nesta sexta-feira foi a diarista que trabalhava para ela há muitos anos. Receosa por não ter recebido uma costumeira ligação, a profissional decidiu ir até o apartamento e encontrou o corpo de Zilda caído no chão, já sem vida.
Zilda era mais conhecida por sua personagem Dona Catifunda, que interpretava na ‘Escolinha do Professor Raimundo’, na TV Globo, na década de 1980. Mais tarde, levou o papel também para o ‘A Praça É Nossa’, do SBT.
Na versão original, criada por ela, Catifunda era uma moradora de rua pra lá de debochada que nunca abandonava seu charuto e saudava os colegas com o bordão “Saravá!”.
Durante a carreira, ela trabalhou em diversos outros humorísticos e também atuou em novelas da TV Globo e da Record TV. Na década de 1960, também participou de vários filmes.
Na nova versão da ‘Escolinha do Professor Raimundo’, a comediante Dani Calabresa interpreta a Dona Catifunda, que ela conta ter sido sua personagem preferida na versão original do humorístico. Ao tomar conhecimento do falecimento, Dani utilizou a função Stories de sua conta do Instagram para publicar um longo vídeo em homenagem à Zilda.
Dani conta que não teve a oportunidade de conhecer a comediante e se emociona ao agradecer pelo “empréstimo” da personagem criada por ela.
“Eu tô muito muito triste de verdade por que eu cresci assistindo a ‘Escolinha do Professor Raimundo’ e ela era a minha personagem preferida. Eu sinto que tenho uma ligação especial com ela, por que eu também sou paulistana e também adoro fazer sotaque. Eu fico muito honrada de poder fazer a personagem que amava assistir”, conta a humorista.
“Eu queria ter conhecido ela, queria ter abraçado ela, queria ter agradecido ela pela confiança. Por que eu realmente faço com muito amor, muito carinho e muito respeito. Todo mundo que trabalhou com ela só tem coisas boas a dizer sobre ela. Queria ter trabalhado com ela, torci muito. Não consigo mais falar…”, finaliza ela com a voz embargada.
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