Uma triste ocorrência chocou Santa Catarina logo no início do ano. Quatro jovens foram encontrados sem vida dentro de uma BMW em Balneário Camboriú.
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As investigações comprovaram que eles sofreram uma intoxicação por monóxido de carbono, decorrente de alterações realizadas no carro, que visavam ampliar sua potência.
Gustavo Pereira Silveira Elias (24 anos), Karla Aparecida dos Santos (19), Tiago de Lima Ribeiro (21) e Nicolas Kovaleski (16) haviam passado a virada do ano na cidade e planejavam deixar o local na manhã seguinte.
No entanto, foram encontrados desacordados por Geovana, uma companheira de viagem e namorada de uma das vítimas.
A comparação do veículo onde os jovens estavam com um modelo original revelou que as modificações feitas na BMW contribuíram para um aumento significativo da liberação de monóxido de carbono para dentro do carro.
Luiz Gabriel, perito envolvido no caso, destacou que próximo ao ponto de ruptura do downpipe no compartimento do motor, foram detectadas mil partes por milhão (ppm) de monóxido de carbono.
Em contraste, o veículo original apresentava níveis entre 30 e 50 ppm. Ele mencionou que houve quatro grandes alterações no carro.
A Polícia Civil de Santa Catarina está interrogando os proprietários e mecânicos das oficinas onde as modificações foram realizadas.
O delegado Vicente Soares informou que o downpipe, uma peça crucial nas alterações, foi feito de maneira artesanal em uma oficina de Aparecida de Goiânia (GO).
O inquérito policial segue em aberto, mas há indícios de um possível indiciamento por homicídio culposo – quando alguém mata outra pessoa sem querer, mas por conta de uma conduta imprudente, negligente ou imperita.
Cronologia da tragédia
A jornada dos jovens começou em Paracatu, Minas Gerais, rumo a Florianópolis, com a viagem iniciando no dia 23 de dezembro.
Eles utilizaram o veículo durante toda a estadia em Florianópolis, até o dia 31, quando se dirigiram a Balneário Camboriú. Durante o trajeto, Tiago, o motorista, sentiu um “engasgo” no carro, mas prosseguiram após uma breve parada.
Eles comemoraram a virada na praia e, na madrugada, foram buscar Giovana na rodoviária, já se sentindo mal.
Após enfrentarem um engarrafamento e chegarem na rodoviária, Giovana sugeriu que descansassem no carro. Foi nesse momento, durante o descanso e o engarrafamento, que se formou uma atmosfera tóxica dentro do veículo, resultando na tragédia.
Luiz Gabriel explicou que a situação se agravou devido ao veículo estar parado por um longo período, criando condições propícias para a acumulação de monóxido de carbono.
Em movimento, a ventilação natural ajudaria a dissipar os gases, mas a ruptura da peça e o veículo em repouso prolongaram a exposição dos jovens a esse ambiente tóxico.
Oficina de Goiás terceirizou customizações na BMW
A cidade de Aparecida de Goiânia abriga uma oficina mecânica envolvida em um caso que chocou o país: a suspeita de ter alterado uma BMW, implicada na morte trágica de quatro jovens em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
O advogado do proprietário da oficina, David Soares, esclareceu ao portal ‘G1’ que a empresa costuma terceirizar diversos serviços, incluindo a peça e instalação em questão.
“A empresa terceiriza muitos serviços, muitos, inclusive fora do estado, com serviços locais. [Nesse caso] a peça e a montagem [foram terceirizadas]”, revelou.
Ainda permanece uma incógnita o nome da empresa terceirizada, um detalhe não fornecido pelo advogado. A oficina, com uma década de existência na Vila Brasília, tem a prática de orientar os proprietários dos veículos sobre o uso após os serviços.
As investigações revelam que a BMW recebeu outras customizações, realizadas em Minas Gerais, além das feitas em Goiás.
A Polícia Civil de Santa Catarina convocou o dono da oficina goiana para depor novamente, agora como “interrogado”. Esse depoimento está previsto para ocorrer por videochamada na próxima segunda-feira.
O advogado de defesa busca postergar o depoimento, alegando falta de acesso ao inquérito e aos laudos periciais.
“Estamos com a expectativa positiva, o trabalho prestado foi feito com muita experiência e há mais de 7 meses. Por que daria problema só agora? Temos que ter acesso à perícia e entender os fatos, nossa intenção é a elucidação dos fatos”, disse.
Além do proprietário da oficina, a polícia deseja ouvir os mecânicos envolvidos.
Conforme informado pelo delegado Vicente Soares, os responsáveis pelas alterações no veículo poderiam ser indiciados por homicídio culposo, caso seja confirmada a ligação entre as modificações e as mortes.
Este caso reúne elementos de investigação criminal, tecnologia automotiva e a sempre delicada questão da segurança veicular.
A complexidade do caso reside na intersecção de diversas áreas e na necessidade de entender exatamente como as modificações realizadas no veículo contribuíram para o trágico desfecho.
O possível indiciamento por homicídio culposo dos responsáveis pelas modificações no veículo aponta para a seriedade das consequências legais que podem advir deste caso.
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