O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do influenciador Júlio Cocielo por declarações racistas. Em destaque, suas palavras direcionadas ao jogador Mbappé durante a Copa do Mundo de 2018, que geraram grande controvérsia.
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Ao longo do mundial de futebol, Cocielo fez comentários racistas, particularmente em relação ao atacante da França.
Na época, o influenciador disse que “Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia, hein“, uma declaração que repercutiu muito na internet.
Diante disso, o MPF apontou nove ocasiões em que o youtuber teria emitido comentários racistas.
Além do já mencionado, Cocielo também teria postado que: “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas, mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros” e “nada contra os negros, tirando a melanina…“.
Diante da repercussão gerada, o influenciador de 30 anos optou por remover cerca de 50 mil publicações de suas redes e emitiu um pedido de desculpas em seu canal no YouTube.
“Aquele monte de merda que eu falei é muito distante de quem eu sou hoje e do tanto que minha vida evoluiu de repente. O eu de um dia atrás já não é o eu de agora […]. Hoje, eu leio tudo aquilo que postei e me sinto envergonhado. Foram coisas absurdas”, disse Cocielo nas redes sociais.
Em meio à polêmica, o youtuber perdeu patrocinadores. Ele não tem mais parceria com marcas como Adidas, Itaú e Submarino – que chegaram a emitir notas de repúdio a todo tipo de discriminação.
Veja fotos de Júlio Cocielo com a família. Ele é casado com a influenciadora Tata Estaniecki, com quem tem dois filhos:
Pedido de condenação de Cocielo
O MPF ressaltou que a liberdade de expressão, embora fundamental, não é incondicional.
Esta deve coexistir com outros direitos essenciais, como a igualdade e a inviolabilidade da honra e da imagem. Neste contexto, ações que incitam ao racismo são inaceitáveis.
O procurador da República João Paulo Lordelo, responsável pelo caso, enfatizou que as postagens de Cocielo “não expõem ao ridículo as estruturas de um sistema discriminatório, mas ridicularizam os próprios sujeitos historicamente subjugados. Não é humor; é escárnio“.
Logo, Júlio Cocielo está sendo processado com base no artigo 20 da Lei nº 7.716/89 (Lei do Racismo), que prevê pena de até cinco anos de prisão por cada ato discriminatório divulgado, especialmente quando propagado em redes sociais.
O caso, inicialmente tratado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, foi transferido para o âmbito federal em 2022, com a Justiça Federal assumindo a competência para julgá-lo.
Em novembro de 2023, o MPF apresentou suas alegações finais, etapa derradeira antes da decisão judicial. A Justiça acolheu a causa em dezembro e ele deve ir a julgamento.
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