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Mulher morre de Covid-19 após homem contaminado cuspir em seu rosto

O caso aconteceu no Reino Unido; Belly Mujinga morreu no início do mês de abril

Fotos: Reprodução/Facebook

Uma história revoltante aconteceu no Reino Unido e terminou da maneira mais trágica possível. Uma mulher de 47 anos chamada Belly Mujinga contraiu coronavírus depois de um homem contaminado cuspir em seu rosto dentro da estação de trem em que ela trabalhava. Belly não suportou os sintomas da doença e acabou morrendo no início do mês de abril.

A mulher, que deixou uma filha de 11 anos, fazia parte do grupo de risco da Covid-19, pois tinha problemas respiratórios. Segundo seu marido em entrevista ao jornal ‘The Guardian’, a esposa estava trabalhando no dia 22 de março quando ela e uma colega de trabalho foram abordadas de forma agressiva por um passageiro.

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“Ela chegou em casa e me contou tudo. O homem perguntou o que ela estava fazendo, por que ela estava ali e ela apenas disse que estavam trabalhando. O homem contou que estava com o vírus e cuspiu nelas”. afirmou Lusamba Gode Katalay.

Confira fotos de Belly com sua filha de 11 anos e com o marido:

Foto: reprodução / Facebook
Foto: reprodução / Facebook
Foto: reprodução / Facebook
Foto: reprodução / Facebook

Uma semana após o ocorrido, no dia 2 de abril, Belly precisou ser internada apresentando os sintomas da doença.

“Foi a última vez que a vi. Dissemos: ‘Que seja bom’, e que Deus estava no comando. Fizemos uma chamada de vídeo no WhatsApp no hospital, depois não tive mais notícias dela. Pensei que ela estivesse dormindo, mas o médico me telefonou para dizer que ela havia morrido”, relembrou Lusamba.

De acordo com outro profissional da estação, Belly tinha se oposto a trabalhar fora da proteção da cabine da bilheteria sem o EPI (Equipamento de Proteção Individual) adequado. Os funcionários afirmaram que suas vidas poderiam estar em perigo, mas mesmo assim os chefes informaram que eles precisariam sair.

A colega de trabalho de Belly Mujinga também pegou coronavírus, mas conseguiu se recuperar. A informação que se tem é que a empregadora se recusou a oferecer equipamentos de proteção e insistiu que os funcionários tinham que interagir com os passageiros, mesmo correndo perigo de serem contaminados.

Mesmo após o cuspe na cara, a funcionária teve que se reestruturar emocionalmente e voltar ao trabalho. A família de Belly pede por justiça. “Ela não deveria ter sido enviada sem nenhum EPI. Queremos justiça para Belly. Eles precisam encontrar a pessoa que fez isso. E a empresa deve compensar a família. A filha dela não tem mais mãe”, afirmou a prima da vítima, Agnes.

Quem está investigando o caso é a Polícia de Transportes Britânica (PTB). Segundo a advogada Jenny Wiltshire crimes como este podem variar de agressões a acusações mais graves, como homicídio culposo ou tentativa de dano corporal grave.

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