A Polícia Civil investiga a morte de uma criança de 1 ano e 6 meses após uma médica ter recusado o atendimento na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A família de Breno Rodrigues Duarte da Silva, que sofria de doença neurológica, havia chamado ambulância para socorrer o menino, mas quando a equipe de remoção chegou, a médica teria alegado que seu expediente havia chegado ao fim e não prestou os primeiros socorros. A criança morreu uma hora e meia mais tarde, enquanto esperava outra ambulância.
A família acusa a profissional de negligência e omissão de socorro. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu sindicância para apurar o caso.
Por causa da doença neurológica, Breno recebia atendimento médico domiciliar. Quando o menino começou a se sentir mal, com fortes dores abdominais, a pediatra orientou, por telefone, que a mãe do menino acionasse o plano de saúde para fazer a remoção e interná-lo.
Relato
De acordo com o relato de Rhuana Lopes Rodrigues, mãe de Breno, a ambulância já havia chegado ao condomínio em que a família vive, na Barra da Tijuca, quando a médica da ambulância rasgou o documento com o pedido de remoção e fez a ambulância dar meia volta.
O pai da criança expressou comoção com uma postagem nas redes sociais. “Ainda tínhamos tanto para viver. Cada momento juntos foi tão maravilhoso. Você nos trouxe tantos ensinamentos, tanto amor e tanta esperança, escreveu Felipe Duarte. “Se soubesse o quanto todos nós te amamos.”
Em nota, a Unimed-Rio lamentou o falecimento de Breno e explicou que o serviço era feito pela prestadora Cuidar.
Médica é demitida
A médica que recusou atendimento a Breno Rodrigues Duarte da Silva foi demitida pela Cuidar, empresa que presta serviço para o plano de saúde Unimed. A família da criança, que sofria de doença neurológica, acusa a profissional, que não teve o nome divulgado, de negligência e omissão de socorro.
Deixe seu comentário