Mais um caso ridículo de homofobia em pleno 2017 e mais uma vez através de mensagens publicadas em redes sociais
O talentoso e renomado ator Leonardo Vieira esteve, nessa tarde (segunda-feira 9), na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), na cidade do Rio de Janeiro para depor.
As ofensas aconteceram no ano passado, dias depois que Leonardo foi fotografado aos beijos em uma festa.
“Vim na delegacia para prestar queixa sobre os ataques homofóbicos que estou recebendo. A delegacia tem instrumentos para identificar essas pessoas que eu não tenho”, contou o ator à imprensa.
Leonardo Vieira já ficou famoso, logo no começo de sua carreira, com três papéis arrebatadores: Pedro em A História de Ana Raio e Zé Trovão, em Renascer como José Inocêncio (jovem) e em “Sonho Meu” como Lucas Candeias de Sá. Fez sucesso com os papéis de protagonista nas novelas “Caminhos do Coração” e “Os Mutantes” como Marcelo Duarte Montenegro e também como Faraó em “José do Egito”. Recentemente fez o papel de Balaão na superprodução “Dez Mandamentos”. Talento de sobra.
Vieira afirmou que decidiu ir à delegacia por um simples motivo: ser a voz de uma minoria que não é ouvida. “Eu estou dando voz a essas pessoas que provavelmente não são ouvidas. Um menino do morro, uma pessoa que é morta com uma lâmpada na cabeça na Paulista”, desabafou o ator à imprensa.
O ator criticou aqueles que o humilharam e xingaram nas redes, afirmando que elas não conhecem o “mínimo sobre Direitos Humanos”. “Eu acho que pessoas que atacam a dignidade humana não conhecem o mínimo de Direitos Humanos. Está na nossa Constituição que todos temos direito a dignidade”, enfatizou Vieira.
Vieira ainda defendeu que haja uma defesa política pela criminalização da homofobia. Segundo ele, “exatamente por não ser crime” é que ele decidiu ir à polícia prestar queixa.
“Como cidadão, eu tenho a obrigação de cumprir com meu papel e trazer essa discussão para a sociedade e que isso seja levado ao plenário, que seja discutido politicamente e que passe a ser crime. Porque é crime. Tem pessoas que morrem por isso”, destacou Vieira.
Segundo a delegada Fernanda Fernandes, os autores das ofensas de cunho homofóbico podem ser presos por até seis meses mas por injúria: “Todo crime deixa rastro. Nós temos sempre como identificar a autoria. A internet não é mais um lugar onde não se encontram os rastros”, afirmou ela.
Leonardo Vieira agradeceu aos fãs e pessoas que se sensibilizaram saindo em sua defesa.
Deixe seu comentário