Um caso inusitado, mas também preocupante, tomou os noticiários do Distrito Federal na tarde desta terça-feira (7): um paciente com suspeita de coronavírus fugiu de um hospital na cidade-satélite de São Sebastião, em Brasília. Pelos perigos da propagação da Covid-19, a Polícia Militar precisou ser acionada para encontrar o fugitivo.
Ao fugir da instituição de saúde, o homem chegou a tomar um ônibus e foi encontrado, mais tarde, no Terminal Rodoviário da região administrativa. Um vídeo registrado pelo celular de um morador capturou a ação dos policiais ao resgatá-lo.
Veja:
Antes de fugir, o homem havia chegado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) relatando os sintomas da Covid-19. Ali, ele realizou um primeiro exame para coronavírus, que deu negativo. Enquanto aguardava a contraprova, ele decidiu fugir do local e voltar para casa.
Ao chegar à residência, os familiares tentaram persuadi-lo para que ele retornasse à UPA – o que não surtiu efeito. Foi então que ele fugiu, também, de sua própria casa.
Quem acionou a Polícia Militar foram os parentes e os oficiais iniciaram a busca. Ao ser encontrado, o local precisou ser bloqueado até a chegada do Corpo de Bombeiros. No hospital, o paciente acabou recebendo alta e ordens para que cumprisse isolamento em casa.
Até o momento, cerca de 503 habitantes do Distrito Federal estão infectados com o coronavírus. 12 pessoas já morreram com a doença na capital do país.
Casos similares
Por incrível que possa parecer, o paciente fujão de Brasília não é um caso isolado e histórias similares começam a despontar em todo o país. Um deles foi registrado na semana passada na cidade de Fortaleza, capital do Ceará.
Na última sexta-feira (3), um homem de 40 anos, também com suspeita de estar infectado, fugiu do hospital e a Polícia Civil, equipada para evitar o contágio, precisou sair em busca do paciente.
Ele foi localizado a aproximadamente 3 quilômetros da unidade hospitalar e, assim que foi encontrado, foi levado de volta à instituição.
Caso o resultado seja positivo para coronavírus, o paciente pode até responder criminalmente pelo seu ato. O motivo? Ele expôs a vida e a saúde de outras pessoas ao perigo direto e iminente. A pena, prevista no artigo 132 do Código Penal, é de três meses a um ano de cadeia.
No dia 14 de março, uma situação parecida também aconteceu na cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Já no dia 31, o caso também se repetiu em Criciúma (SC).
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