in , , ,

Pai acusa shopping de São Paulo de racismo contra seu filho

Situação desagradável foi relatada no Facebook e tem sido bastante compartilhada

O artista plástico e jornalista Enio Squeff passeava com seu filho no Shopping Pátio Higienópolis, no centro de São Paulo, na última sexta-feira (2), quando passou por uma situação desagradável: seu filho foi confundido com um mendigo. A história foi relatada no Facebook e já conta com centenas de compartilhamentos.

“Nós dois estávamos tomando chá num restaurante, conversando, e meu filho estava com o uniforme do Sion colégio que fica próximo ao shopping, portanto não estava mal vestido. Chegou uma segurança, uma senhora, dizendo: ‘Senhor, este menino está te incomodando?’. Respondi que não, e perguntei o motivo. ‘É porque temos ordens de não deixar mendigos importunarem os clientes’, ela respondeu. Então eu disse: ‘Você está chamando meu filho de mendigo por ser negro?’. Ela disse ‘não’, eu repeti, e ela falou ‘desculpa, essa são as ordens da casa, sou negra e tenho orgulho de ser negra’. Então eu falei: ‘Se você tem orgulho de ser negra, não deve desculpas a mim, mas a sua família e a você, porque você está assumindo um racismo dos seus patrões, não sei em nome de quê”, relatou ao E+.

Squeff disse, porém, que coloca a culpa no shopping. “Ela ficou pedindo desculpas, eu disse que não tinha desculpa e ela que se desculpasse a ela mesmo. Se fosse homem, iria à auditoria. Mas como ela era mulher, ela deveria ser arrimo de família. E pensei que o shopping iria mandá-la embora, como se não fosse o próprio a dar essa ordem, afinal, não é a primeira vez que o shopping Higienópolis age assim. Uma vez, um casal de amigos negros ingleses da minha mulher foi seguido o tempo todo por seguranças lá. Aí você tem uma dimensão da coisa. Num bairro judeu, formado por uma comunidade que sofreu todas as consequências do racismo”, disse o pai.

Veja também:
Angela Ro Ro relembra namoro com Zizi Possi, que teve fim conturbado

Na hora, a atitude do filho foi se afastar. Depois, o menino perguntou o que havia acontecido, e o pai apenas falou que a segurança havia dito algo que ele não tinha gostado. Posteriormente, Squeff contou o caso para a mãe do filho, que resolveu transformar isso num caso público. “Ela queria uma retratação pública”, disse.

Veja o post que viralizou no Facebook:

Na segunda-feira, 5, o shopping entrou em contato com a mãe para pedir desculpas. “Uma moça disse que o shopping não dava esse tipo de orientação e pediu desculpas. Mas a mãe do meu filho respondeu que não aceitava essas desculpas por telefone, que queria desculpas formais”, relembra.

Durante a conversa com a reportagem, Squeff reiterou diversas vezes que não quer que a funcionária seja demitida: “De jeito nenhum, tanto que não fui à auditoria, porque senti pena dela. Eu sabia que, cinicamente, a direção do shopping a mandaria embora, como eu acho que já devem ter feito. Eu não vou engrossar a fila de desempregados. Eu vi que ela estava cumprindo ordens”.

Defesa

Procurada, a assessoria de imprensa do centro de compras enviou uma nota por e-mail em que diz “que o Shopping Pátio Higienópolis reforça que todos os frequentadores são sempre bem-vindos, sem qualquer distinção”. A assessoria não quis informar, porém, se a segurança permanece no quadro de funcionários. Fonte: Estadão Conteúdo.

Consumidores acusam Ruffles de racismo por rótulo de batata sabor feijoada

Em Destaque

Recomendamos para você

Deixe seu comentário

Cantor Belo processa Denilson por cobrar dívida na internet

Pastor Valdemiro diz que doença do Marcelo Rezende é coisa do demônio