O pastor evangélico Marcos Granconato, da Igreja Batista Redenção, de São Paulo, fez uma publicação no Facebook nesta segunda-feira (2) que repercutiu muito e causou revolta nas redes sociais.
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Baseado em um texto bíblico, o pastor Marcos Granconato simplesmente afirmou que os “a maioria dos mendigos têm o dever bíblico de passar fome“ e reforçou a violência ao chamar a população de rua de “vagabundos”.
“A maioria dos mendigos têm o dever bíblico de passar fome, pois Paulo diz aos tessalonicenses: ‘Se alguém não trabalha, que também não coma‘”, publicou o líder religioso.
A postagem do pastor viralizou e desencadeou uma série de comentários a respeito do tema na internet. Evangélicos conservadores aplaudiram a fala de Marcos Granconato, concordando com ele.
Por outro lado, muitos outros discordaram a se revoltaram contra o pastor. Uma internauta, por exemplo, questionou: “Então, a maioria dos mendigos são vagabundos na sua visão? O senhor diz isso com base em quê?”.
Ele respondeu: “Com base no que eu vejo nas ruas. Gente forte, saudável e jovem mendigando por aí! Quando vejo um doente, me compadeço. Mas quando olho para a maioria, percebo que é pura vagabundagem“.
Veja a publicação feita pelo pastor Marcos Granconato que gerou polêmica nos últimos dias:
O pastor Marcos Granconato é praticante de tiro e já demonstrou ser favorável ao armamento da população.
“Eu aprovo isso como cristão e creio que todos, após cumprir certas exigências, deviam ter armas em sua residência, em seu carro e em seu local de trabalho. Acredito que isso é sábio e bom”, disse o líder evangélico.
“Se eu pudesse, pregaria armado, com um coldre sob o paletó, para proteger meu rebanho de loucos assassinos que atacam igrejas indefesas”, declarou ele em outra postagem.
Veja fotos do pastor Marcos:
Pastor publica “nota de esclarecimento”
Depois de tamanha repercussão, Marcos Granconato resolveu publicar uma nota de esclarecimento sobre sua fala.
No novo texto, o pastor classificou quatro tipos de pobres e reafirmou a tese de que os que são capazes de trabalhar e se tornam mendigos por “vagabundagem” não devem ser ajudados.
Confira a nota de esclarecimento publicada pelo pastor no Facebook:
Agora veja um pouco da repercussão que o comentário do pastor gerou nas redes:
Um pastor bolsonarista resolveu traduzir a política econômica do governo. Disse que "mendigo tem o dever bíblico de passar fome". Respeito todas as religiões, mas um sujeito que justifica a fome não tem Deus no coração. É um safado!
— Bohn Gass (@BohnGass) May 3, 2022
“Se ñ trabalham, que também ñ comam!”
Paulo ñ se refere aos que, por falta de trabalho, foram privados de comer.
A referência é sobre aqueles que deixam o seu posto de trabalho para se “intrometerem” na vida dos outros.
O texto ñ é sobre mendigo, mas sobre os intrometidos.
— Elter Alves ® (@PastorElter) May 2, 2022
O mesmo "pastor" que afirma que o mendigo tem que passar fome é o mesmo que (no mesmo dia) afirma precisar ajustar a mira. Precisamos falar em quem ele apoia para presidente???@pavarini pic.twitter.com/y7hXUkZ8lK
— Carlos Candiani (@CarlosCandiani1) May 4, 2022
Esse é o pastor Marcos Granconato, da Igreja Batista Redenção, de São Paulo, para quem os mendigos têm o dever bíblico de passar fome.
Imaginaram ele batendo à sua porta, domingo de manhã, para tentar te falar sobre o "cristianismo"? pic.twitter.com/g0Vod660zN— Sérgio A J Barretto (@SergioAJBarrett) May 5, 2022
Pastor de SP disse nas suas redes que “mendigos tem o dever bíblico de passar fome”. Que Deus é esse que não defende a vida?
Brasil volta ao mapa da fome em um governo de CRIMINOSOS, em que uma mãe é presa por furtar 1 miojo pro filho com fome. NÃO RECUAREMOS NA LUTA!
— Lívia Duarte ✊🏿 (@liviaduartepsol) May 5, 2022
Jesus: "Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. Não quero mandá-los embora com fome, porque podem desfalecer no caminho" (Mateus 15:32)
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O tal "pastor armamentista": "Mendigos têm o dever cívico de passar fome" pic.twitter.com/5mTGd4bgVs
— Adilson Nobrega (@adilsonnobrega) May 4, 2022
Quem não trabalha é burguês/capitalista.
"Deu de comer ao faminto" é um princípio de Jesus pra identificar quem participa ou não do Reino dos Céus.
Eis um caso de encontro direto entre o mito do pecado original da economia política burguesa e o da religiãohttps://t.co/9xk6nBh2Ks— Bruno Reikdal Lima (@brunoreikdal) May 4, 2022
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