Um pastor evangélico deu bastante o que falar após ter ironizado a corrente de oração que família, amigos e fãs estava fazendo pela recuperação do ator Paulo Gustavo – que, na época, estava internado há quase 1 mês na UTI em estado grave devido a complicações da Covid-19.
O humorista não resistiu e morreu na noite desta terça-feira (4), após gravíssima piora no quadro.
O líder religioso em questão é José Olímpio, da Assembleia de Deus no Alagoas. Em 14 de abril, ele publicou no Instagram uma foto de Paulo Gustavo em cena dentro de uma igreja e questionou aos fiéis:
“Esse é o ator Paulo Gustavo, que alguns estão pedindo oração e reza. E você, vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si“, disse o pastor, se referindo ao diabo e ao inferno.
Apesar do perfil do pastor José Olímpio ser fechado, a postagem foi compartilhada por um perfil de fofoca do mundo gospel e deixou muita gente incrédula! Veja:
Internautas interpretaram o teor do comentário cruel do pastor como uma ‘desaprovação’ da homossexualidade de Paulo Gustavo, que é casado com o dermatologista Tales Bretas, com quem tem dois filhos.
Outra questão contida na crítica é o ator ter usado um ‘ambiente religioso’ em um filme de comédia. Provavelmente, a cena foi vista pelo pastor como um deboche à Igreja e ao ambiente religioso.
Vale citar que a cena em questão é do filme ‘Minha Vida Em Marte‘, da atriz Monica Martelli. Na trama, a protagonista e o personagem de Paulo são sócios em uma empresa de cerimonial de casamentos – o que explica a cena se passar em uma igreja.
“Meu Deus, pastor. Se você reconhecesse a bíblia, não estaria falando isso“, disse uma internauta. “Pastor? Pelo jeito nunca foi”, criticou outra.
“O amor de Deus é incondicional. Eu oro para que a saúde dele seja restaurada“, afirmou uma seguidora, provavelmente evangélica. “Creio que Deus pode fazer um milagre. Em tudo Deus tem um propósito”, disse outra.
Pastor pede desculpas por ironizar situação de Paulo Gustavo
Após repercussão da história, o pastor passou a ser investigado por conduta antiética pelo conselho da igreja. Nas redes sociais, ele tentou se desculpar pelo acontecido.
Em longo texto, Olímpio disse que “nunca foi intenção ferir, ofender ou machucar nenhum dos ofendidos”, mas alega que seu objetivo era “tentar defender a honra de Deus”.
Mesmo assim, entidades que lutam pelos direitos LGBT decidiram processar o pastor pelo crime de homofobia.
“É urgente que crimes como estes, motivados por homofobia, sejam enquadrados da tipificação da LGBTfobia , na lei de combate ao racismo de n. 7.716/2018, e que punições mais rigorosas e severas sejam tomadas contra condutas homofóbicas e atos discriminatórios como o em questão”, diz a nota assinada pelas entidades.
Deixe seu comentário