Na última segunda-feira (25), o programa Roda Viva, da TV Cultura, ganhou bastante destaque na internet – e não foi de forma positiva. Seguindo sua rodada de entrevistas com presidenciáveis, após Ciro Gomes e João Amoêdo, a convidada especial da noite foi a deputada Manuela D’Ávilla, do PC do B.
O programa repercutiu bastante nas redes sociais e internautas acusaram a bancada de entrevistadores de terem agido de forma machista com a candidata.
Veja a entrevista completa:
A própria Manuela se sentiu desconfortável e falou sobre o assunto em uma entrevista ao site Catraca Livre: “É revoltante o que houve. Mas é assim todo dia com as mulheres, e não só na política: no trabalho, na universidade, em casa. Por isso não quero que pensem e tratem o que aconteceu como uma coisa excepcional. Até porque a palavra vem de exceção, né? O que aconteceu é a regra e não a exceção! É assim que nós mulheres fazemos nossa luta e vivemos nossa vida todo dia”.
Após a polêmica, alguns internautas criaram uma petição online que exige uma retratação com a candidata por parte da TV Cultura. A atriz Maria Casadeval usou sua conta no Instagram para divulgar a campanha.
O documento repudia a postura desrespeitosa com que a candidata foi tratada no programa e solicita um espaço para que ela possa expor suas propostas sem ser interrompida.
Leia o documento na íntegra:
Repudiamos a postura desrespeitosa e machista com que a pré-candidata Manuela D’Ávila foi tratada no programa Roda Viva na TV Cultura. Exigimos que a emissora cumpra seu papel de veículo público de comunicação dando espaço para que a a pré-candidata exponha de fato suas propostas, marcando uma nova data para um debate real e qualificado, já que ficou impossível no programa exibido na segunda-feira (25), dado o número de interrupções feitas pelos entrevistadores convidados pelo canal e pelo mediador. A emissora deve também se retratar, pois a reprodução do machismo e do desrespeito a mulher foi propagada em rede nacional pública em uma sociedade com altíssimos índices de violência contra a mulher.
O jornalista Ricardo Lessa, apresentador da atração, se posicionou e nega as acusações. “Ela teve mais de 50% de cada bloco de fala sem interrupção. Ao todo, isso deve dar mais de 40 minutos de falas limpa [de total de 80 minutos]. É normal que um debate fique mais acalorado. Não é questão de gênero, mas de jornalismo”.
Caso queira assinar a petição, clique aqui.
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