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PM mata mulher e dois filhos, tira a própria vida e ateia fogo na casa

Crime que chocou o Brasil aconteceu na casa da família e segue em investigação; amigos estão perplexos

Fotos: Reprodução/Metrópoles

O fim da tarde da última quinta-feira (10) foi marcado por crime terrível em uma casa pertencente a um policial militar (PM), no Setor Tradicional de Planaltina, no Distrito Federal.

Os bombeiros foram chamados por vizinhos que ouviram tiros e depois viram muita fumaça saindo pelas janelas do imóvel. Quando a equipe chegou para conter o incêndio, encontrou quatro pessoas mortas e carbonizadas dentro da residência.

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A principal suspeita dos investigadores é que o Sargento da Polícia Militar Nilson Cosme Batista dos Santos, 48 anos, tenha matado a esposa e os dois filhos, ateado fogo na casa e depois tirado a própria vida. 

As vítimas dessa barbárie foram a mulher do sargento, Maria de Lourdes Furtado, de 50 anos, e os dois filhos do casal: Isaac Furtado dos Santos, de 21, e Lucas Furtado dos Santos, de apenas 16 anos.

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“Nesse momento, os militares […], infelizmente, encontraram, dentro do imóvel, quatro pessoas. Todas sem vida, sendo que três eram do sexo masculino e uma, do sexo feminino”, informou a corporação na noite de quinta (10), em nota.

Nesta sexta-feira (11), a Polícia Civil dará continuidade à perícia e investigação do caso.

O PM trabalhava no 14º Batalhão de Planaltina. Segundo um colega que trabalhava com ele, e preferiu não se identificar, o sargento era um homem tranquilo no trabalho.

“É uma tragédia de partir o coração. Ele era um homem de conduta correta, sem nenhum processo ou sindicância, contou o policial.

Família do PM era discreta e tranquila, dizem vizinhos

Segundo vizinhos e conhecidos do PM, a família era muito tranquila e discreta. “Todos eram discretos‘. Ele [Nilson] era uma pessoa muito tranquila. Ontem mesmo, estava de serviço”, afirmou um vizinho em entrevista ao jornal ‘Correio Braziliense’.

A família era muito tranquila e saía pouco para a rua. Os meninos só sabiam estudar. Nunca vi ou ouvi uma discussão entre eles, muito menos em relação ao casal”, disse uma amiga de Lourdes em entrevista ao mesmo jornal, após afirmar nunca ter percebido nada de errado com a família.

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“Sempre foram um casal tranquilo, iam à igreja, ela era católica. Iam em São Sebastião, ela falava que ia na missa das 17h. Os dois sempre me tratavam bem, os meninos brincavam, jogavam videogame. Sei que o mais velho passou na UnB”, disse a amiga.

“Morei do lado dela, meu filho cresceu junto do filho dela. Os rapazes eram todos estudiosos, a mulher fez de tudo pra ele passar no concurso, o sonho dele era ser policial”, comentou uma outra amiga de Lourdes.

De acordo com pessoas próximas, Isaac Furtado dos Santos, o filho mais velho, foi aprovado no vestibular da Universidade de Brasília (UnB) para o curso de engenharia química há pouco tempo.

Lucas, o caçula da família, estudava muito e tinha o sonho de seguir os passos do irmão mais velho. Sonho este que foi interrompido de maneira brutal pelo pai dos meninos.

“Ele era um garoto ótimo. Estudioso, dedicado, corretíssimo. Os amigos podiam contar com ele sempre. Era um garoto que tirava meu sorriso toda vez. Não tenho muito o que falar neste momento, mas é isso”, comentou um amigo sobre o adolescente assassinado.

Veja fotos dos filhos do sargento, que foram mortos na última quinta-feira (10):

Isaac e Lucas Furtado - mortos
Fotos: Reprodução/Correio Braziliense

PM desabafou com amigo dias antes de matar a família

Lucileide Maria Lucas era amiga de Maria de Lourdes, esposa do PM morta na tragédia no Distrito Federal. Ela contou em entrevista ao ‘Correio Braziliense’ que costumava frequentar a casa da família, pois vendia cosméticos.

Segundo Lucileide, há poucos dias ela recebeu uma mensagem de voz de Lourdes contando que a família toda havia sido infectada pela Covid-19.

“Dia 2 ela mandou áudio dizendo que estava com Covid. Dia 8 perguntei se estava tudo bem, ela disse que sim. Hoje eu mandei áudio e ela visualizou às 17h50”, conta.

“Lu, eu estou ruim. Aqui, está todo mundo com covid. Não consigo fazer nada. Só estou deitada. O Nilson ainda vai fazer o teste”, disse Lourdes, na última mensagem enviada para a amiga.

Um colega de Nilson Cosme Batista dos Santos, que preferiu não se identificar, informou à polícia que recebeu uma mensagem do sargento apensa dois dias antes da tragédia em que ele desabafou dizendo estar exausto e sob pressão“. 

“Ele reclamava que sofria muitas cobranças, mas não tinha assistência e precisava fazer tratamento. A família pegou Covid, ele estava muito estressado e passando dificuldades. Contou que estava constantemente sob pressão, disse o amigo.

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