Redação
A polícia está investigando um ‘encontro de sexo‘ que aconteceu no campus Realengo II do Colégio Pedro II, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
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Estudantes de 12 a 19 anos teriam aproveitado um momento de aplicação de provas na unidade escolar para ir até uma sala em reformas para transar.
O Colégio Pedro II é uma tradicional instituição de ensino público federal, localizada no estado do Rio de Janeiro. Estamos falando do terceiro mais antigo dentre os colégios em atividade no Brasil.
A história do ‘encontro de sexo’ veio à tona com a divulgação de um áudio nas redes sociais no último sábado (17), em que um dos alunos narra a orgia que aconteceu no Colégio Pedro II. No áudio em questão, até os nomes dos envolvidos são expostos.
O fato polêmico suscitou muitos comentários na web e deu início a uma investigação por parte da direção do colégio e também da polícia. De acordo com o diretor da unidade, Marcus Vinicius Pinheiro Costa, oito alunos foram suspensos por cinco dias após o ocorrido.
Esses alunos deverão ser ouvidos pela polícia até nesta sexta-feira (23). Segundo informações passadas pelo próprio diretor, os estudantes estavam fazendo provas em um dos prédios na terça-feira, dia 13 de setembro, quando inspetores receberam “a informação de uma ocorrência, com ato libidinoso entre estudantes no interior do campus”.
Um comunicado oficial emitido pelo Colégio Pedro II diz que:
“Após o levantamento inicial, foram identificados oito estudantes que supostamente estariam envolvidos na realização do ato indisciplinar. Tão logo a Direção recebeu a denúncia, foi aberto processo disciplinar (…) visando a correta apuração e a definição das ações disciplinares”.
O Conselho Tutelar foi contatado, afinal, alguns dos alunos que participaram do ‘encontro de sexo’ eram menores de idade.
No áudio que circula pelas redes, ao qual o portal ‘G1’ teve acesso, a pessoa diz que quatro casais de menores fizeram sexo na mesma sala, na frente de pelo menos sete alunos que observavam.
Para piorar ainda mais a história bizarra, alguns jovens não usaram camisinha. Um inspetor flagrou a cena e pegou parte dos estudantes no ato.
“Infelizmente não temos controle pela proliferação nas redes sociais e consideramos desrespeitoso e absurdo o uso de nomes ou imagens de estudante menores”, diz o comunicado do colégio sobre o áudio que continua se espalhando.
Na tarde desta segunda-feira (19), o diretor Marcus Vinicius Pinheiro Costa prestou depoimento na 33ª DP (Realengo). Ele disse que a escola instaurou um trâmite processual a fim de averiguar as circunstâncias do tal ‘encontro de sexo’ promovido pelos estudantes.
Se for mesmo comprovado, o ato pode gerar a expulsão dos envolvidos do Colégio Pedro II.
Ainda de acordo com o diretor, o campus Realengo II tem seis inspetores por turno – número totalmente insuficiente para monitorar uma área de 45 mil metros quadrados com 1.900 alunos, sendo 1.600 da educação básica.
O diretor esclarece que o Colégio sofreu cortes orçamentários ao longo dos anos que inviabilizaram ações necessárias para melhorar o controle dos estudantes, como a contratação de mais inspetores e até a instalação de mais câmeras de monitoramento nas dependências da instituição.
O delegado que investiga o caso afirmou, em entrevista ao jornal ‘Extra’, que não sabe se algum dos casos poderá ser classificado como estupro de vulnerável – quando envolve menores de 14 anos. Segundo ele, a dinâmica dos atos sexuais ainda está sendo apurada.
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