Maysa Vilela
A tranquilidade de uma pousada em Monte Verde, distrito de Camanducaia, Minas Gerais, foi abalada por uma tragédia no último sábado (24). Um casal de São Paulo foi encontrado sem vida em um dos quartos, levantando suspeitas e questionamentos.
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Walther Reis Cleto Junior, 51 anos, e Alessandra Aparecida Campos Reis Cleto, 49, tinham planejado um final de semana tranquilo no sul de Minas, mas infelizmente, a viagem teve um desfecho fatal.
“Os corpos das vítimas foram encontrados sem sinais de violência“, informou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
O casal foi encaminhado ao Posto Médico Legal em Pouso Alegre para autópsia, dando início a uma investigação oficial para entender o que aconteceu.
Segundo informações da própria polícia, “os laudos periciais podem levar até 30 dias para conclusão, podendo haver prorrogação dependendo da complexidade do caso”.
Em meio a esta situação perturbadora, a PCMG está trabalhando para esclarecer todas as circunstâncias envolvendo este incidente.
O casal tinha se hospedado no Chalé Aroma de Jasmim na sexta-feira (23). Foram vistos pela última vez por volta das 18h do mesmo dia.
No dia seguinte, o proprietário da pousada percebeu que a bomba d’água do banheiro do quarto do casal estava funcionando por um período estranhamente longo.
Ao não obter resposta depois de chamar várias vezes e ligar para os celulares do casal, decidiu entrar no quarto com uma chave reserva.
Lá, ele encontrou Walther e Alessandra caídos no chão desacordados.
A filha do casal, identificada nas redes sociais como Bruna Crcc, trouxe à tona uma possível explicação para a tragédia. Ela sugeriu que a morte dos pais foi causada por intoxicação por monóxido de carbono, que teria sido liberado por uma lareira presente no quarto.
No entanto, é importante frisar que as autoridades ainda não confirmaram essa hipótese.
Pousada não tinha alvará de funcionamento
A história perturbadora do casal que foi encontrado morto em um chalé em Monte Verde (MG) acaba de ganhar novos capítulos. Mais detalhes vieram à tona e eles são tão chocantes quanto a notícia original.
No tranquilo distrito de Monte Verde, o chalé, um refúgio charmoso e aparentemente pacífico, situado nos fundos de uma propriedade residencial, foi onde um casal de São Paulo foi encontrado morto.
Esse não é o seu típico estabelecimento de hospedagem comercial. O proprietário optou por oferecer a locação do chalé por meio de plataformas online, numa tendência crescente que tem atraído muitos viajantes em busca de uma experiência mais íntima e personalizada.
Quando o assunto são valores, o chalé não é exatamente uma opção de hospedagem barata. As diárias podem chegar até a bagatela de R$ 500 nesta época do ano, um preço elevado que reflete o suposto luxo e conforto que o lugar promete.
Para piorar, a prefeitura de Camanducaia revelou que a pousada Chalé Aroma de Jasmim, local da tragédia, não possuía alvará de funcionamento.
Além disso, aparentemente, ela “não seguia as regras dos meios de hospedagens regulares“.
Este detalhe é particularmente inquietante, já que dos cerca de 7 mil quartos disponíveis para hospedagem no distrito, 95% deles possuem lareira, exatamente o elemento suspeito pela morte do casal.
A investigação preliminar não mostrou sinais de violência na pousada, o que intensificou as suspeitas de intoxicação por monóxido de carbono, sugerida pela filha do casal, Bruna Crcc.
Ela classificou o incidente como uma “fatalidade” em um post nas redes sociais, expressando sua dor e saudade de maneira tocante: “Tá doendo tanto, mas tanto. É uma dor física. Eu amo vocês com todo o meu coração”.
Parentes de Alessandra e Walther também expressaram suas tristezas nas redes sociais. Denise Cleto, sobrinha do casal, prometeu nunca esquecê-los, enquanto o sobrinho Matheus Cleto agradeceu pelos momentos compartilhados.
A Polícia Civil continua investigando o caso, enquanto a prefeitura de Camanducaia pede aos visitantes que “procurem por estabelecimentos devidamente registrados e com alvará de funcionamento”.
Infelizmente, a revelação veio tarde demais para Walther e Alessandra, deixando um vazio imensurável nos corações de seus três filhos e uma comunidade em choque.
O que é intoxicação por monóxido de carbono (CO)?
A intoxicação por monóxido de carbono (CO) pode ser fatal e é frequentemente causada pela inalação do gás em ambientes fechados, como casas ou carros, onde há uma combustão incompleta de combustíveis fósseis (como carvão, madeira, gás, gasolina, querosene).
O monóxido de carbono é uma substância incolor, inodora e insípida, o que torna difícil a sua detecção sem o uso de equipamentos especiais.
Uma vez inalado, o monóxido de carbono se liga à hemoglobina no sangue, formando a carboxihemoglobina, que interfere na capacidade do sangue de transportar oxigênio para as células do corpo.
Quando as células do corpo não recebem oxigênio suficiente, começam a morrer, levando a danos nos tecidos e órgãos vitais, como o cérebro e o coração.
Se a exposição ao CO não for interrompida, isso pode resultar em perda de consciência, danos cerebrais irreversíveis e, eventualmente, a morte.
Os sintomas iniciais da intoxicação por monóxido de carbono podem ser semelhantes aos da gripe e podem incluir dor de cabeça, tontura, fraqueza, náusea, vômito, dor no peito e confusão.
Se a pessoa estiver dormindo ou alcoolizada, ela pode não acordar ou perceber esses sintomas e pode morrer dormindo.
Devido ao risco de exposição ao monóxido de carbono, é aconselhável instalar detectores de CO em casa e verificar regularmente os equipamentos de combustão para garantir que estão funcionando corretamente.
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Casal morre de mãos dadas e com apenas 1 minuto de diferença
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