A polícia alemã confirmou, nesta quarta-feira (12), a prisão de uma pessoa relacionada com o ataque ao ônibus do Borussia de Dortmund. A equipe se encaminhava para o estádio, na cidade de Dortmund, onde enfrentaria o Monaco, pela Liga dos Campeões, quando o veículo foi atingido por um explosão. O zagueiro espanhol Bartra foi o único ferido e não corre risco de morrer. Segundo informações do governo alemão, outras duas pessoas estão sendo investigadas e o acontecimento já é tratado como um ataque terrorista.
Até o momento, as autoridades alemãs investigam dois grupos extremistas que teriam assumido a autoria das explosões, levando em consideração uma publicação no site de extrema esquerda Indysmedia e uma carta deixada no local do ataque.
De acordo com as investigações, os três explosivos continham fragmentos metálicos, explicitando uma técnica parecida com outros ataques terroristas, no intuito de ferir o máximo de pessoas possíveis. A polícia confirmou que os artefatos explosivos têm poder de destruição em um raio de até 100 metros. O explosivo que atingiu o ônibus do Borussia estava numa distância de apenas 10 metros. Para o ministro do Interior da Renânia do Norte-Vestfália, Ralf Jäger, o fato de apenas uma pessoa ter se ferido apesar do poder de destruição dos explosivos já traz algum alento.
Carta
Conforme a polícia alemã, uma carta foi encontrada próxima às explosões. Trabalha-se com a hipótese de que o material seja de autoria do Estado Islâmico (EI). Segundo a imprensa alemã, a carta faz referência ao atentado em um mercado natalino em Berlim, que matou 12 pessoas e deixou outros 48 feridos em dezembro, e denuncia a participação de aviões tornados alemães em ataques que resultaram na morte de muçulmanos na Síria. O texto fala que a Alemanha e outras países estarão na mira do Estado Islâmico até que os “Tornados sejam retirados” e a base militar americana, situada em Ramstein, no oeste alemão, seja fechada.
Porém, de acordo com o jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” e as emissoras “NDR” e “WDR”, outra linha de investigação também é considerada. Um texto publicado no site Indysmedia, com expressões típicas dos radicais de esquerda antifacista, reitera que o ônibus foi atacado porque o clube não demonstra engajamento real contra o racismo, o nazismo e o populismo de esquerda, segundo informações da agência de notícias DPA.
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