Igor Miranda
Oficiais da polícia estiveram, na tarde desta segunda-feira (10), na casa do “Big Brother Brasil”, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro. O intuito foi ouvir depoimentos de Marcos e Emilly, participantes do reality show, em relação à suposta agressão cometida por ele durante uma discussão, na madrugada de sábado (8) para domingo (9).
A informação foi revelada pela delegada Marcia Noeli Barreto, chefe da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher, em entrevista ao UOL. Segundo ela, outra delegada foi ao local para colher depoimentos e um perito está à disposição para examinar Emilly.
“A delegada Viviane, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá já está na Globo para ouvi-lo e estamos com um perito à disposição para fazer um exame na Emilly. Conseguimos achar um vídeo em que ele aparece segurando o cotovelo e existe uma marca no braço dela. Diante disso, já temos indício”, afirmou ela.
Ainda segundo a delegada Marcia Noeli Barreto, foi possível instaurar inquérito a partir das informações obtidas. “Dependendo do laudo do perito e do que está lá no vídeo, já é uma prova bem contundente e até o fim do dia já teremos uma decisão sobre as medidas protetivas”, disse.
Caso a medida protetiva seja tomada, Marcos pode ser afastado do programa ainda nesta segunda-feira (10). O intuito seria estipular uma distância que precise ser mantida da vítima.
A delegada complementa: “Não assisto o programa. Vi as questões da violência doméstica, da violência psicológica, dele encurralá-la . Nestas atitudes é uma questão de violência doméstica, mediante a representação, ela teria que vir à delegacia, mas com os vídeos temos provas”.
Entenda o caso
A denúncia contra Marcos, registrada na Delegacia da Mulher de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foi motivada após a discussão que ele e Emilly tiveram durante e após uma festa, entre sábado (8) e domingo (9), no “BBB 17”. O médico a agarrou e a encurralou durante uma parte da discussão. Em determinado momento, a moça chega a dizer: “você me beliscou de novo, apertou meu pulso, está doendo”.
O órgão não informou, até o momento, se denúncias foram feitas pelo público por meio das delegacias. A Lei Maria da Penha prevê que outra pessoa, sem ser a vítima, também possa denunciar o agressor às autoridades.
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