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Professor oferece ponto extra para aluna se ela se exibir nua durante aula online

Caso, que foi visto como assédio, aconteceu durante uma aula virtual e o vídeo acabou caindo na internet

Foto: reprodução

Devido à pandemia do coronavírus e o distanciamento social necessário neste momento, escolas, faculdades e universidades de todo o Brasil estão realizando suas aulas online através de plataformas e aplicativos de vídeo. Nesta semana, uma situação extremamente constrangedora aconteceu entre professor e aluna durante uma aula de Direito Penal da Faculdade de Direito de Franca (SP).

O episódio é inaceitável e tem dado pano pra manga nos últimos dias nas redes sociais. Na última segunda-feira (28), um professor ministrava uma aula, quando exigiu que uma das alunas abrisse sua câmera para que pudesse ser vista por ele e pelos colegas de turma.

A moça respondeu que não podia, pois estava se preparando para tomar banho. O professor insistiu e até sugeriu dar meio ponto para ela na disciplina caso ela se exibisse na câmera.

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O trecho da aula em que a situação aconteceu está disponível nas redes sociais e gerou indignação desde que foi divulgado.

Ao pedir que a moça abrisse a câmera pela primeira vez e receber uma resposta negativa, o professor afirmou: “Deve estar horrível”. Ela, então, respondeu: “Não é isso não. É que eu ia tomar banho e estou sem roupa. Não posso abrir”.

Insatisfeito com a resposta e sabendo da nudez da estudante, ele insistiu: “Abre a câmera aí”. Mas ela seguiu negando. “Não, não vou abrir”, afirmou.

Em meio a risadas, o professor disse: “Tá de sacanagem comigo? Sério que você me falou isso no meio da aula?”. A aluna se explicou, mais uma vez: “Se vai ficar insistindo é melhor eu já falar a verdade, né?”.

O profissional, então, ofereceu pontuar a aluna caso ela ligasse a câmera e se exibisse. “Meio ponto.. para você abrir a câmera”, sugeriu ele.

Ela negou na hora e o professor rebateu: “Você abriu o áudio e veio me chatear?”. A estudante reiterou que não queria e nem precisava daquele meio ponto. “Eu estudo… Abrir a câmera não vale meio ponto”, concluiu ela.

Veja:

A conversa de áudio entre o professor e a aluna viralizou e ele está sendo acusado de assédio por algumas pessoas. Para piorar, a revista ‘Marie Claire’ divulgou um suposto comunicado publicado pelo professor. Após o ocorrido, ele ameaça tirar pontos dos alunos caso a história repercutisse.

“Comunico que, até segunda ordem minha, se houve, em razão de uma brincadeira ocorrida ontem, inter partes, e que tem gerado incômodo, por meio de comentários maldosos, a uma colega, todos os alunos, diurno e noturno, estão sem os dois pontos de trabalho”, diz um comunicado publicado pelo professor que passou a circular na web.

Em entrevista para uma rede local de televisão, o professor ainda tentou se defender após a grande repercussão da história. Ele alega que tudo não passou de uma brincadeira. Assista:

Faculdade e DA se manifestam

Na quarta-feira (30), a Faculdade de Direito de Franca se manifestou sobre o caso polêmico. A instituição afirmou que tomará as providências legais e cabíveis sobre o caso, assim que apurar o episódio.

“A direção da Faculdade de Direito de Franca informa que, diante dos fatos ocorridos no dia 28/09/2020, divulgados pela mídia e redes sociais, foi instaurado um Procedimento Administrativo próprio para apuração e providências legais nos termos do Regimento Interno da FDF”, disse o comunicado.

O Diretório Acadêmico da Faculdade também emitiu uma nota de repúdio sobre o caso. A nota afirma que o Diretório Acadêmico se solidariza com os estudantes e reafirma “o compromisso de combater o assédio na academia e estar ao lado dos alunos, fazendo valer essa representação, na busca de melhores condições de ensino e pesquisa”.

Leia a Nota de Repúdio publicada pelo Diretório Acadêmico, na íntegra:

“Chegou ao conhecimento do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito de Franca um ocorrido na aula de Direito Penal do 4º ano do dia 28 de setembro de 2020.

Inicialmente é importante destacar que os alunos não devem compartilhar e divulgar tal situação em grupos ou entre particulares pois trata-se de uma exposição que não deve ocorrer para uma das partes.

Na ocasião, o professor Dr. William Tristão conversava com uma aluna por áudio, situação em que pediu para que abrisse a câmera. A questão é que ao informar que não poderia abrir a câmera, pois iria entrar no banho e não estava devidamente vestida, o professor insistiu, inclusive mencionando pontuação correspondente.

O Diretório Acadêmico “28 de março” vem repudiar atos de assédio moral e sexual denunciados pelos alunos da Faculdade de Direito de Franca – FDF. Reiteramos, como uma pauta já expressa, que todo e qualquer tipo de abuso, agravado pela manipulação através das relações de poder instituídas na academia, são absolutamente inaceitáveis. Tais práticas, apesar do tom de brincadeira, ferem não apenas a ética das relações educacionais, mas o próprio processo de construção científica e a responsabilidade das instituições na formação de recursos humanos.

Relembramos que muitas vezes o assédio é estimulado, e repetidamente praticado, ancorando-se na perspectiva de impunidade e permissibilidade corporativista.

Entendemos que na Faculdade deve prevalecer a justiça, pois é o espaço de construção e autorreflexão da sociedade, portanto esse tipo de situação é inaceitável, ainda que se baseie em amizade entre professor e aluno.

Portanto, o Diretório Acadêmico solidariza-se com os estudantes, reafirma o compromisso de combater o assédio na academia e estar ao lado dos alunos, fazendo valer essa representação, na busca de melhores condições de ensino e pesquisa.

O Diretório Acadêmico protocolou hoje um ofício requerendo a abertura de sindicância para avaliar a conduta do professor, sendo requerido a imposição das penalidades previstas no artigo 187 e incisos do Regimento Interno da FDF.

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Chegou ao conhecimento do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito de Franca um ocorrido na aula de Direito Penal do 4º ano do dia 28 de setembro de 2020. Inicialmente é importante destacar que os alunos não devem compartilhar e divulgar tal situação em grupos ou entre particulares pois trata-se de uma exposição que não deve ocorrer para uma das partes. Na ocasião, o professor Dr. William Tristão conversava com uma aluna por áudio, situação em que pediu para que abrisse a câmera .A questão é que ao informar que não poderia abrir a câmera, pois iria entrar no banho e não estava devidamente vestida, o professor insistiu, inclusive mencionando pontuação correspondente. O Diretório Acadêmico “28 de março” vem repudiar atos de assédio moral e sexual denunciados pelos alunos da Faculdade de Direito de Franca – FDF. Reiteramos, como uma pauta já expressa, que todo e qualquer tipo de abuso, agravado pela manipulação através das relações de poder instituídas na academia, são absolutamente inaceitáveis. Tais práticas, apesar do tom de brincadeira, ferem não apenas a ética das relações educacionais, mas o próprio processo de construção científica e a responsabilidade das instituições na formação de recursos humanos. Relembramos que muitas vezes o assédio é estimulado, e repetidamente praticado, ancorando-se na perspectiva de impunidade e permissibilidade corporativista. Entendemos que na Faculdade deve prevalecer a justiça, pois é o espaço de construção e autorreflexão da sociedade, portanto esse tipo de situação é inaceitável, ainda que se baseie em amizade entre professor e aluno. Portanto, o Diretório Acadêmico solidariza-se com os estudantes, reafirma o compromisso de combater o assédio na academia e estar ao lado dos alunos, fazendo valer essa representação, na busca de melhores condições de ensino e pesquisa. O Diretório Acadêmico protocolou hoje um ofício requerendo a abertura de sindicância para avaliar a conduta do professor, sendo requerido a imposição das penalidades previstas no artigo 187 e incisos do Regimento Interno da FDF.

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