Um vídeo bizarro circulou pelas redes sociais brasileiras nesta semana e intensificou o debate, já existente entre políticos e profissionais da educação, sobre a necessidade da inclusão de ações antirracistas mais efetivas nas escolas do Brasil.
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Tudo começou quando um professor de história compareceu ao desfile de fantasias da Escola Estadual Amaral Wagner, em Santo André, no ABC paulista, vestido com roupas alusivas à Ku Klux Klan.
A organização terrorista norte-americana fundada em uma pequena cidade do Tennessee, nos Estados Unidos, entre os anos de 1865 e 1866, ficou conhecida pelos atos perversos.
Pautada pelo supremacismo branco, a Ku Klux Klan promovia (e ainda promove), atos terroristas contra pessoas negras.
O também professor e deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) usou o Twitter para compartilhar o vídeo e disse que já acionou autoridades sobre o caso.
“Inaceitável! Estou acionando a Seduc e a Diretoria de Ensino de Santo André contra essa cena racista e deplorável de um professor fantasiado com a roupa da Ku Klux Klan, dentro da EE Amaral Vagner. Racistas, não passarão!”, escreveu.
Veja o vídeo que flagrou o professor fantasiado do grupo racista norte-americano:
Inaceitável!
Estou acionando a Seduc e a Diretoria de Ensino de Santo André contra essa cena racista e deplorável de um professor fantasiado com a roupa da Ku Klux Klan, dentro da EE Amaral Vagner. Racistas, não
Passarão! pic.twitter.com/lAT4dKoltT— Prof. Carlos Giannazi 📚🎸 (@carlosgiannazi) December 20, 2021
Escola se manifesta e afasta professor
Diante do ocorrido, os próprios alunos vaiaram o professor e o tiraram do pátio.
A direção da Escola Estadual Amaral Wagneré organizou uma reunião na última segunda-feira (20) e informou que percebeu “a necessidade de trabalhar temas que trazem a necessária temática da educação étnico-raciais na escola”.
O docente reconheceu a atitude completamente inadequada e pediu desculpas.
A escola decidiu que irá introduzir temas de “ações antirracistas“ de forma gradual e contínua nos projetos permanentes de 2022, “levando assim professores, alunos, funcionários e a comunidade em geral a refletir e criar ações que visem a construção de uma sociedade inclutora e alicerçada na ética humana“.
A secretaria de educação de São Paulo informou que o professor não retornará para as funções até que seja concluída a apuração preliminar do caso. A Diretoria de Ensino de Santo André criou uma comissão inter-racial para averiguar a história.
Em nota, a secretaria ainda diz que “não admite qualquer forma de discriminação e injúria racial e trabalha na formação de toda a rede com a Trilha Antirracista, além de atuar na promoção de um ambiente solidário, colaborativo, acolhedor e seguro“.
A Atlética da Escola Estadual Amaral Wagneré, formada por alunos dos terceiros anos do ensino médio, emitiu uma nota sobre o acontecimento com o professor.
“No mesmo instante que o professor adentrou a quadra, local onde ocorreria o desfile com tal vestimenta, foi vaiado e retirado da quadra pelos estudantes e membros do Grêmio e Atlética que estavam presentes na hora do ocorrido, tirando a fantasia e foi encaminhado à direção escolar“, esclareceram os alunos em um trecho do documento.
Confira a nota emitida pela Atlética da escola, na íntegra:
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Traje de Ku Klux Klan repercute nas redes sociais
Assim que o vídeo começou a viralizar e o caso veio a público internautas se manifestaram nas redes sociais, inconformados com a atitude do professor. “Como, em uma instituição de ensino, isso pode acontecer? 2021, galera!”, disse um rapaz.
“Como pode existir isso no mundo ainda? Simplesmente não dá pra acreditar”, comentou um internauta. “Que porcaria é essa???“, questionou uma jovem ao assistir o vídeo.
“Não é possível, não pode existir alguém tão desgraçado mentalmente”, avaliou outra pessoa.
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