Uma polêmica tomou conta das redes sociais nos últimos dias e envolve uma professora da rede pública do Distrito Federal (DF).
Lorena Santos, de 28 anos, postou uma foto com um “look especial“ para o “dia do massacre“ e escreveu: “Se eu morrer hoje, estarei belíssima pelo menos“.
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A referência era à data do trágico massacre ocorrido em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999. Após uma onda de episódios parecidos em escolas do Brasil, notícias falsas de que novos ataques aconteceriam em 20 de abril tomaram conta das redes sociais.
Lorena leciona no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Zilda Arns, no Itapoã (DF), e tem um perfil no Instagram onde compartilha momentos de sua vida como educadora, além de dicas de exercícios físicos, viagens e beleza.
Com mais de 5,2 mil seguidores, Lorena se descreve como mãe, empreendedora e professora. No entanto, essa postagem gerou bastante repercussão negativa, especialmente considerando a preocupação crescente com a violência nas escolas brasileiras.
Recentemente, o Secretário de Segurança, Sandro Avelar, e a Secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, anunciaram um plano de segurança para as escolas do Distrito Federal, incluindo reforço do policiamento escolar e criação de novos canais de denúncia.
Em entrevista ao jornal ‘Metrópoles’, Lorena disse que “de forma alguma quis gerar polêmica“ e que a postagem era uma “posição irônica diante das ameaças”.
Ela ainda afirmou: “Somos tão vulneráveis e parecemos piadas perante o Estado. Mas já retirei a imagem. Não foi a intenção gerar polêmica”.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) divulgou uma nota informando que vai investigar a conduta da professora e destacou que repudia qualquer tipo de publicação que incentive a violência.
A direção do CEF Doutora Zilda Arns do Itapoã também tomou conhecimento do caso e pediu que a professora removesse a postagem.
Essa polêmica levanta questões importantes sobre o papel das redes sociais na vida dos educadores e a responsabilidade que eles têm ao compartilhar conteúdo.
Veja a postagem feita pela professora:
Professora é indiciada pela polícia
A situação chamou a atenção da Polícia Civil do DF (PCDF) e a professora acabou indiciada.
O delegado Giancarlos Zuliani, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), explicou que o indiciamento ocorreu com base no artigo 41 da Lei de Contravenções Penais, que trata de provocar alarme anunciando desastre ou perigo inexistente ou praticar ato que possa gerar pânico ou tumulto. A pena pode variar de multa a seis meses de prisão.
A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) também se manifestou e abriu uma investigação preliminar para apurar a conduta da professora, destacando o repúdio a qualquer postagem que incentive a violência e reforçando o compromisso com a cultura de paz no ambiente escolar.
A professora envolvida na polêmica decidiu quebrar o silêncio e falou sobre o ocorrido em suas redes sociais.
Ela admitiu que a foto foi “sem noção” e “totalmente inapropriada”, mas argumentou que era uma forma de “humor ácido” diante das ameaças nas escolas.
Segundo ela, esse é seu jeito de lidar com o caos e as tragédias da vida e muita gente a acompanha por esse motivo. A professora pediu desculpas e afirmou que, em situações de perigo, protegeria seus alunos.
Diante de tudo isso, Lorena ainda destacou que está enfrentando as consequências, mas acredita que elas deveriam ser proporcionais, já que também se considera uma possível vítima dos ataques e ameaças.
Confira outras postagens feitas pela professora nas redes sociais:
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Pense antes de agir: como você pode colaborar para reduzir ataques em escolas?
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