Solidariedade e amor à profissão deveriam ser os apelidos a treinadora Sulamita Araújo, conhecida como Peixinho. Apaixonada pela natação, ela ministra aulas de seis a sete vezes por semana no Porto da Barra, em Salvador, e por elas só paga quem realmente tem condições.
A Peixinho Natação Porto da Barra une turmas com crianças, jovens e adultos em um total de 105 alunos – 70 dos quais estão isentos da mensalidade de R$250. Pagantes os não, todos tem direito a um café da manhã reforçado com pães, frutas e suco. Nos dias especiais, o cardápio fica ainda melhor: tem bolos e salgadinhos.
A escola ao ar livre se tornou um espaço de acolhimento e aceitação. Para Peixinho, trata-se de muito mais que solidariedade: “Muita gente acha que estou fazendo caridade, mas não é isso. Eu só quero dar uma chance a quem não pode pagar um clube ou uma academia. E até a quem poderia pagar, mas ainda sofre preconceito nesses lugares. Aqui tem gay, casal homossexual, tem negro, tenho uma aluna com um problema de saúde que um clube não aceitaria. Aqui, botou a touca, são pessoas iguais. Médico, porteiro, professora, estudante, desembargadora ou desempregado, não tem diferença nenhuma”, conta.
Sobre suas fontes principais de renda, Peixinho faz mistério, mas conta que tem a ajuda de alunos e ex-alunos para administrar o projeto.
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