O diretor de criação do site ‘BuzzFeed Brasil’, Gabriel Matos, entrou com um processo contra o ex-BBB Pyong Lee. Na ação, ele pede uma indenização de R$ 1,5 milhão por danos morais e materiais.
O motivo? Segundo ele, o hipnólogo teria “estimulado seus seguidores” a atacarem-no nas redes sociais, o que teria causado “sérios danos pessoais e financeiros” para o autor do processo.
O juiz que analisou o caso, no entanto, indeferiu o pedido do publicitário em caráter liminar (provisório). O magistrado acredita que Pyong Lee apenas exerceu seu direito de resposta e jamais incitou nenhum tipo de ataque.
“Não vislumbro excesso no direito à livre manifestação do pensamento do requerido [Pyong], sendo que ele [Pyong] tampouco incitou seus seguidores a realizarem qualquer ataque. O requerido não concordou com as mensagens postadas pelo autor [Matos] e exerceu seu livre direito de resposta”, afirmou Marcelo Augusto Oliveira nos autos do processo.
Entenda o caso
A história começou no dia 14 de abril de 2020, quando Gabriel Matos publicou os seguintes tuítes fazendo comentários contra Pyong e sua família: “Com a saída da Gizelly e nenhum paredão formado, vou ter que me dedicar ao meu hobby: zuar a família do Pyong” e “Rapaz, hoje eu to mais largado que o filho do Pyong”.
Na ocasião, Pyong já havia sido eliminado do ‘BBB 20’. O hipnólogo, então, comentou nas redes sociais que pretendia procurar a Justiça contra todos aqueles que atacaram à sua família. Ele não chega a citar o nome de Gabriel Matos diretamente.
“Foi com muito desagrado que me vi na posição de contratar advogados para adoção de medidas judiciais contra aqueles que estão atacando a minha honra e de minha família. Até o meu filho recém-nascido vem sofrendo agressões e ameaças, num verdadeiro linchamento digital, sem qualquer precedente”, escreveu Pyong.
Segundo os advogados do diretor de criação do BuzzFeed, Pyong mobilizou seus seguidores a pedirem a demissão de Gabriel. “Essa atitude gerou diversos danos a Gabriel, que enfrenta, desde então, ameaças de violência e morte que tem lhe trazido profundos transtornos emocionais e financeiros”.
Eles também defenderam seu cliente contra as acusações de Pyong. De acordo com eles, o site em que o publicitário trabalha é de caráter humorístico.
“Gabriel acredita que as suas manifestações não tiveram qualquer condão ofensivo, sendo, pelo contrário, protegidas por seu direito constitucional de livre manifestação. Pessoas públicas, com muita visibilidade, devem ter muito cuidado ao incitar perseguições digitais”, escreveram.
“Por essa razão, certo que o Sr. Jaime [Pyong Lee] extrapolou todos os limites aos quais deveria seguir, buscará judicialmente a proteção de sua vida íntima e reparação material quanto às ações ilegais do mágico”, concluíram os advogados de Gabriel Matos.
Deixe seu comentário