Mais um caso de assédio nesta Copa do Mundo. Desta vez, a vítima foi a repórter Laura Zago, da CBF TV. A jornalista entrevistava uma torcedora brasileira antes da seleção entrar em campo quando um sérvio se aproximou e tentou beijá-la.
Neste sábado, a CBF usou seu Instagram para republicar o vídeo do acontecimento junto a um texto da jornalista e a hashtag da campanha ‘Deixa Ela Trabalhar’, criada por profissionais mulheres de todo o país contra esse tipo de assédio no futebol brasileiro.
No texto, Laura conta que foi a terceira vez que esse tipo de episódio aconteceu com ela neste mundial da Rússia: “um foi brasileiro, esse do vídeo sérvio e o outro russo”. A repórter, no entanto, explica ter conseguido desviar em todas as situações.
“O que algumas pessoas precisam entender que isso não é engraçadinho, não é piada e não é uma brincadeira no momento de êxtase do jogo. É um desrespeito, eu estudei, me preparei, cheguei aqui na Rússia e não é pra ficar sendo desrespeitada durante o meu trabalho”, escreveu.
Depois, a jornalista defende a ideia de que achar esse tipo assédio “normal” é corroborar com uma ideia de que mulheres estarão sempre à mercê desse tipo de atitude machista. “Precisamos falar sobre machismo”, defende.
“Gritar o nome do time, fazer festa durante o nosso trabalho faz parte do evento, é normal, natural e aceitável, o futebol tem esse momento de alegria e êxtase. E que bom! Mas há uma distância bem grande entre você fazer uma festa e ser assediada”, explica.
Artistas se revoltam com vídeo de brasileiros na Rússia: ‘é machismo’
Deixe seu comentário