O repórter da TV Globo Carlos de Lannoy compartilhou, em seu Twitter, uma ameaça que recebeu por meio de uma rede social após a exibição de uma reportagem no ‘Fantástico’ sobre a morte de um homem após o carro em que estava com sua família ter recebido cerca de 80 disparos por parte do Exército.
“Minutos depois de fazer reportagem no Fantástico sobre mais uma morte em blitz do Exército, recebi essa ameaça no meu Instagram. Não ficará assim”, escreveu Carlos em seu Twitter.
Na sequência, ele publicou uma captura de tela em que um usuário do Instagram o ameaça: “Se você escolher falar m*** e defender bandido é escolha sua! Seu m***!”
O perfil ainda afirma que o jornalista “assinou sua sentença” e que “sua família vai pagar”: “aguarde cartas!”
De Lannoy compartilhou o comentário e fez um adendo: “Você vai responder por essa ameaça. O que você fez não é apenas uma afirmação vergonhosa, infeliz e lamentável, mas um crime previso em lei. Aguarde!”
Procurada, a Globo, por meio de sua assessoria, afirmou que “não vai comentar” o caso.
Confira a publicação abaixo:
Minutos depois de fazer reportagem no #showdavida sobre mais uma morte em blitz do @exercitooficial recebi essa ameaça no meu Instagram. Não ficará assim. pic.twitter.com/xRMkUYOYVV
— Carlos de Lannoy (@CarlosdeLannoy) April 8, 2019
Entenda o caso
Pelo menos dez militares do Exército foram presos em flagrante pelo envolvimento no fuzilamento do carro de uma família em Guadalupe, na zona norte do Rio, no domingo (7). O músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, morreu depois que o carro foi alvejado por mais de 80 tiros.
O músico levava a família para um chá de bebê no momento em que foi atingido por três disparos. O sogro de Evaldo também ficou ferido, mas se recupera bem. Outras três pessoas estavam dentro do carro.
O filho mais velho do músico, Daniel Rosa da Silva, de 29 anos, contou que além dos 80 tiros disparados contra o carro de sua família, foram encontradas mais de 200 cápsulas no chão.
Segundo a polícia, os militares teriam aberto fogo contra o carro ao confundir o veículo com o de criminosos que atuam na região.
“Para mim, isso é uma execução”, afirmou Silva. “Foram 80 tiros no carro, mais 200 cápsulas de munição pelo chão. Vão botar o exército na rua para garantir a segurança? Que segurança foi essa? Acabaram com uma família.”
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