Nesta terça-feira (16), a hashtag #cantadaXassédio levantou, no Twitter, o debate sobre os limites entre o abuso e o consentimento em investidas amorosas e sexuais. A discussão é mais um efeito da explosão das denúncias em casos de assédio sexual em Hollywood, além de um ato que tem como objetivo demonstrar o desconforto de mulheres com algumas atitudes masculinas na hora da paquera ou na convivência diária.
Participando da tag, homens e mulheres expuseram o que acreditam diferenciar o assédio de uma simples cantada.
Para alguns, a insistência é o que configura assédio:
Uma regra simples:
– você chega na mina de forma educada: cantada.
– o que vier depois dela dizer não: assédio.
— Isaac Nervoso (@IsaacNervoso) January 16, 2018
Uma definição simplista.
cantada: é um tipo conversa que, usualmente se utiliza de galanteios, visa a uma conquista amorosa.
assédio: insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém.#cantadaXassédio
— Ana Passos (@PassosAnna_) January 16, 2018
Para outros, deixar a outra pessoa acuada e desconfortável é o que faz uma cantada deixar de ser flerte e se tornar assédio:
#cantadaXassédio Cantada é flerte. Flerte é recíproco. Assédio é crime, se a mulher se sente desconfortável e acuada… é assédio.
— FlávioBragaRodrigues (@flaviobrbraga) January 16, 2018
Já outros defendem que o que está em jogo não é – necessariamente – o que é dito, mas outros elementos como tom de voz, gesticulação e expressão corporal.
Gente, não se prendam no que é dito, e sim como é dito. As expressões corporais, e a forma da qual a frase é entoada também contam.
#cantadaXassédio— PISCIANA SONHADORA (@pompeuingrid) January 16, 2018
Em poucas horas de popularização a #cantadaXassédio já ultrapassou 5 mil participações no Twitter.
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