‘Brasil, ame-o ou deixe-o’. Este foi o slogan divulgado pelo SBT nesta terça-feira (6). O bordão foi transmitido pela primeira vez durante o intervalo do programa ‘Fofocalizando’.
Ao som do hino nacional, a vinheta tinha 15 segundos. A frase ‘Brasil, ame-o ou deixe-o’ era dirigida aos opositores da ditadura militar no País, no período de 1964 a 1985.
Após a reação negativa nas redes sociais, o SBT retirou o slogan do ar.
Assista ao vídeo:
“A emissora cometeu um equívoco de não se atentar que este bordão foi forte na época do regime militar”, segundo nota oficial da assessoria do SBT enviada à imprensa.
Nas redes sociais, os internautas não perdoaram e satirizaram a palavra ‘equívoco’ utilizada pelo canal de Sílvio Santos.
equívoco é esquecer o arroz no fogo, isso aí É LOUCURA MSM!
— fernanda?resistência (@fkelinha) November 6, 2018
"um equívoco" pic.twitter.com/SRWznwRtM6
— c a r l o s (@carlosprofile) November 6, 2018
Da ultima vez esse equivoco durou vinte e tantos anos
— whodan whittaker (@diegolealounico) November 6, 2018
Serrrtu! pic.twitter.com/gOjeGdw29t
— Deniac (@deniac) November 6, 2018
Ao mesmo tempo, apesar da repercussão negativa do bordão ‘Brasil, ame-o ou deixe-o’, o dono do Baú preparou uma série de mensagens enaltecendo o patriotismo, com direito a músicas e slogans de campanhas nacionalistas promovidas durante o governo do general Emílio Garrastazu Médici, um dos períodos mais repressivos da época.
De acordo com o documento enviado pelo SBT, a ideia das vinhetas é ‘passar uma mensagem de união, esperança e otimismo aos telespectadores brasileiros e aos que não são, porém vivem no País’.
No ar desde os anos 1980, o canal foi parar nas mãos de Silvio Santos graças a concessão dada por um dos presidentes do regime militar, João Figueiredo. Arlindo Silva, que trabalhou durante 25 anos com o dono do SBT como assessor de imprensa, diretor de Jornalismo e porta-voz nas campanhas políticas, conta detalhes da concessão no livro ‘A Fantástica História de Silvio Santos’.
Logo após conquistar a então TVS, o empresário criou o quadro ‘Semana do Presidente’, em que eventos de agenda presidencial eram divulgados. O programa foi ao ar por mais de vinte anos.
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