A ativista Luisa Mell usou suas redes sociais para se defender após ter sido acusada por internautas de ter se posicionado de forma racista após o STF decidir que o sacrifício de animais em cultos religiosos é constitucional no Brasil.
Na ocasião, Luisa compartilhou um texto chamando a decisão de “absurdo” e “crime”, ao lado da foto de um cachorro triste. “Degolar este inocente cachorrinho, se for em ritual religioso, está liberado! Esta foi a triste decisão do STF! […] É de uma barbaridade tão grande que nos faz pensar se realmente estamos vivendo um retorno à idade média”, escreveu.
O tom do desabafo dividiu opiniões e gerou inúmeras críticas nas redes sociais, muitas das quais abordaram o aspecto de um suposto racismo nos comentários feitos por Luisa Mell, o que foi negado por ela.
Em resposta à polêmica, Luisa Mell usou os stories de seu Instagram para voltar a falar sobre o tema. “Se eu lutar contra a mutilação genital feminina que é realizada em algumas tribos africanas tudo bem? Ou eu também vou ser considerada racista?”, afirmou.
“Não vou ser considerada racista porque a vítima é uma pessoa, aí ‘tudo bem’, a luta é válida. A gente parte sempre do princípio que a dor dos animais importa menos que qualquer coisa do ser humano. Isso eu enfrento em todas as minhas lutas.”
A ativista ainda relembrou as acusações de “xenofobia” feitas a ela quando se posicionava contra vaquejadas, além de críticas que recebia ao se colocar contra testes em animais e abatedouros.
“A questão financeira não pode ser maior que o sofrimento animal. A religião não pode ser maior do que o sofrimento da vítima, a ciência também não. Essa é a minha maneira, por isso eu sou vegana”, explicou. “Pra mim, a dor dos animais importa tanto quanto a dor do seres humanos”, prosseguiu.
Luisa também rebateu parte das críticas. “Elas não querem que eu tenha o direito de me expressar, de questionar alguma coisa. São pessoas que lutam tanto pela democracia, isso pra mim não dá para entender e nem para aceitar”, disse.
Veja:
Confira algumas reações de internautas à polêmica envolvendo Luisa Mell e a decisão do STF sobre sacrifício animal em cultos religiosos:
pq sempre q uma mulher faz algo bom surge pessoas pra boicotar todo o trabalho que ela já fez? em momento algum passaria pano pra ngm mas vou falar da luisa mell pq ela faz um trabalho incrível nos próprios stories ela falou da PRÓPRIA religião sobre sacrifício de animais pqp
— marvelous mrs. gay (@fyiminist) March 30, 2019
sou umbandista, logo não participo dos rituais do Candomblé que envolvem sacrifício de animais. também sou vegetariana, então mesmo se participasse não comeria. mas devido ao desserviço da Luísa Mell vou falar algumas coisas:
— luiXa (@aminaquerhaxixe) March 30, 2019
não, as religiões de matriz africana não sacrificam animais domésticos. vc pode obter essa informação com 10seg de pesquisa no google.
ser uma pessoa pública e se posicionar em defesa dos animais espalhando esse tipo de informação se chama calúnia e é crime.— luiXa (@aminaquerhaxixe) March 30, 2019
alimento é coisa sagrada no Candomblé, a maioria dos sacrifícios se torna alimento para as pessoas dentro do terreiro. quer dizer que a única diferença entre esse sacrifício e o bife do seu prato é ter feito parte do culto antes de ingerido.
— luiXa (@aminaquerhaxixe) March 30, 2019
o problema de vocês com o Candomblé não envolve compaixão e muito menos veganismo, chama-se RACISMO. racismo religioso, para ser mais específica.
se envolvesse compaixão vocês não comprariam animais de raça. se envolvesse veganismo vocês não comeriam peru no natal.— luiXa (@aminaquerhaxixe) March 30, 2019
gente, ta tudo bem não aprovar o ato de matar um animal independente da finalidade, o que não ta tudo bem é não aprovar a religião por possuir essa prática. vocês não desaprovam todas as pessoas que estão fora do veganismo. direcionar ódio a religião em específico é racismo sim.
— luiXa (@aminaquerhaxixe) March 30, 2019
Alô Luísa Mell, tem vegano/vegetariano que é iniciado no Candomblé, e respeita os rituais e inclusive come o que é feito no terreiro. Não vem com pensamento racista pra cima das nossas religiões.
— she-hulk (@taaaaina) March 30, 2019
Eu achei o post da luisa mell infeliz mesmo, mas desmerecer todo o trabalho dela é errado também. E mano parem com essa fake news q ela so ajuda cachorro de raça, n se esqueçam q isso pode desencorajar doações pro instituto e tem animais q dependem disso.
— rusbé (@xcviisa) March 30, 2019
O post da Luisa Mell sobre o sacrifício animal em rituais religiosos de matriz africana é sintoma da roupagem que o veganismo tem atualmente no Brasil e no mundo. Um movimento totalmente despolitizado e com discurso e estética elitista branca.
— caio (@caioloup) March 30, 2019
Você precisa ser muito mau caráter pra não admitir que a Luísa Mell foi racista e continuou sendo racista fazendo stories dizendo que achou animal doméstico em encruzilhada
Pfvr né galera? Esse não foi a primeira e nem última demonstração de incoerência dela— Larissa (@prosaimpurpura) March 30, 2019
luisa mell presta um trabalho excelente em relação a causa dos animais, mas ninguém pode negar que essa mulher é uma fonte absurda de desinformação
— abiridin (@brabira_) March 29, 2019
a luisa mell faz texto sobre absolutamente tudo que envolva animais: adoção, comércio, maus tratos, sacrifício etc, por que ela não faria um texto só porque envolve religião, se ela faz sobre tudo justamente por ser: ativista da causa animal?
é MUITO difícil lidar c/ religiosos.
— Déia Freitas (@NaoInviabilize) March 30, 2019
Luisa Mell ESTA CERTÍSSIMA ! Religião que derrama sangue, não é religião é crueldade. pic.twitter.com/fNPwWRgITw
— Aline Faissol (@Blog_AlineDiva) March 30, 2019
Luisa Mell é acusada de racismo ao criticar decisão do STF sobre sacrifício de animais
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