Desde que as imagens de Sérgio Hondjakoff – o eterno Cabeção da ‘Malhação’ – em surto viralizaram nas redes sociais, muitas pessoas se compadeceram da situação do ator de 37 anos e da família, que vinha convivendo com violência e até ameaças de morte por parte dele em casa.
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Os atores Bruno Gagliasso e Kayky Brito, amigos antigos de Sérgio, buscaram ajudá-lo nesse momento difícil.
O cantor Rafael Ilha, ex-integrante do grupo musical Polegar, também se juntou a eles no objetivo de auxiliar Sérgio a se librar do vício em álcool e drogas.
Bruno, Kayky e Rafael, que também já foi dependente químico, indicaram um terapeuta para cuidar do caso de Hondjakoff, o nome dele é Sandro Barros.
Sandro é um homem que chegou a viver por 20 anos nas drogas, teve três overdoses e uma tentativa de suicídio ao longo da vida. Ele conseguiu se recuperar e hoje auxilia pessoas que enfrentam essas mesmas batalhas.
Segundo informações do colunista Leo Dias, do jornal ‘Metrópoles’, Sandro Barros já falou com Sérgio Hondjakoff e declarou que o ator está “disposto a conversar“.
“Falei com ele e como terapeuta, eu entendi suas questões”, relatou Sandro a Leo Dias.
“Ele me recebeu bem porque fui indicado. Conheço o Kayky Brito tem mais de 20 anos, sou amigo do Bruno e também teve o Rafael Ilha. O Sérgio estava disposto a conversar. Foram essas três pessoas que fizeram com que ele me atendesse”, contou.
Durante a entrevista, Sandro Barros disse que, no tratamento ele, é um acompanhante terapêutico. Ele explicou o que isso significa na prática.
“Esse meu trabalho de acompanhante terapêutico, em alguns momentos, é tipo um amigo terapeuta, é diferente de psicólogo e psiquiatra, por isso eu complemento esses profissionais. O acompanhante tem muita proximidade e não tem o distanciamento que o psicólogo e psiquiatra precisam ter. O ideal seria o paciente ter um psicólogo por semana, um psiquiatra por mês pelo convênio e ainda o acompanhante terapêutico”, afirmou Sandro.
O terapeuta disse que ele acompanha o dependente químico em situações diversas na vida, em seu dia a dia, e ajuda a pessoa enquanto ela se dedica a outras atividades.
“O meu consultório é o cotidiano. O trabalho de acompanhante terapêutico não dá para ser feito on-line. O que eu faço é levar para passear, fazer um esporte, mas cada caso é um caso. Quando a gente fala de comportamento humano, é um cronograma diferente para cada um. Tem paciente que quer correr na praia, tem aquele que quer andar de skate, jogar futevôlei“, disse ele.
Sandro Barros está determinado a agir assim com Sérgio Hondjakoff e auxiliá-lo a sair dessa.
“E será assim com Serginho. Vou descobrir o que ele gosta de fazer, criar um cronograma que ele goste de praticar, mas sobretudo, eu preciso trabalhar o três pilares: alimentação, sono e atividade física. Quem está nas drogas não come direito, não dorme direito e não faz esporte. O sono tem função reparadora, alimentação também, precisa comer no horário e fazer atividade física”, afirmou o terapeuta.
Confira uma imagem de divulgação do trabalho de Sandro Barros:
Espiritualidade pode ajudar Sérgio Hondjakoff
Em sua visão, a espiritualidade é primordial para que o viciado encontre forças para vencer as substâncias que o aprisionam.
“Eu tenho um tripé: a espiritualidade desenvolvida, técnicas de cursos e treinamentos, tudo que eu estudei e me preparei, a expertise da minha vivência, pois eu passei por isso. Como eu já passei por isso, as pessoas me dão autoridade no assunto”, afirmou Sandro em entrevista.
Ele ressalta que não fala de nenhuma religião específica, mas sobre o contato com um ser superior.
“Eu aproximo o paciente da espiritualidade. Eu pergunto: ‘Qual o seu poder superior?’. Tem o que diz que é Buda, o outro é Jesus, o outro é ateu, tem quem diz que é a natureza. Então, de acordo com o poder superior da pessoa, eu trabalho isso. Se a pessoa sobe a Pedra da Gávea e lá em cima ela se sente parte do universo, então ela vai desenvolver esse tipo de relação com o poder superior dela“, contou ele a Leo Dias.
Ainda de acordo com Sandro Barros, a internação em clínica de reabilitação é o último recurso utilizado por ele. Antes, o terapeuta tenta outros métodos para desligar o paciente do vício.
“Eu tento de tudo. Eu evito internações. Uma das funções é evitar a internação ou então eu atender o paciente depois que ele sai da internação, na inserção social. É como uma fisioterapia, quando a pessoa sai de um estado clínico e ela precisa fazer três meses de fisioterapia pra voltar a andar”, disse Sandro na entrevista.
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Em áudio, pais idosos relatam que Sérgio Hondjakoff está em surto há vários dias
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