Kenneth Smith, um homem de 58 anos, se encontra diante de uma realidade sombria e única: ele é um dos poucos indivíduos nos Estados Unidos que escapou da morte após uma tentativa de execução por injeção letal.
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Esta quinta-feira (25) está agendada para ser o palco de um evento sem precedentes no Alabama, EUA: a execução de Smith através de asfixia por gás nitrogênio. Esta abordagem será usada pela primeira vez no país.
No dia 10 de janeiro, uma decisão judicial do juiz R. Austin Huffaker Jr, do Alabama, marcou o destino de Smith, negando qualquer apelo de sua defesa para interromper a execução planejada.
A trajetória de Smith até este momento é marcada por um crime cometido em março de 1998, quando ele foi acusado de assassinar uma mulher, em um caso envolvendo um pastor que posteriormente cometeu suicídio.
Diante disso e após anos na cadeia, a história de Smith ganhou contornos ainda mais dramáticos em 17 de novembro de 2022. Nesta data, uma tentativa de execução por injeção letal falhou e deixou Smith em agonia.
Ele passou mais de uma hora preso a uma maca enquanto os oficiais lutavam para encontrar uma veia adequada.
Sua defesa relata que ele experimentou intensa dor física e psicológica, resultando em um transtorno de estresse pós-traumático.
Agora, ele será submetido a um método novo e experimental de execução – o que tem causado grande polêmica nos EUA, não apenas entre a defesa do criminoso, mas entre defensores dos direitos humanos, que alegam se tratar de um tipo de tortura.
A defesa de Smith argumenta que ele está sendo usado como “cobaia” para um método de execução ainda experimental e novo.
Bryan Stevenson, diretor-executivo da ONG Equal Justice Initiative, expressou sua indignação.
“Depois da primeira tentativa torturante de executar Kenny Smith por injeção letal falhar, o Alabama agora planeja tentar de novo“.
Além disso, a Anistia Internacional se posicionou firmemente contra a execução, destacando o fato de Smith ter sido quase absolvido por um júri popular em um passado não tão distante.
Com a execução programada, o mundo observa atentamente o desenrolar deste caso, que pode marcar um ponto de virada na história da pena de morte nos Estados Unidos.
Inovação ou crueldade?
Em uma decisão pioneira, Alabama se junta a Oklahoma e Mississippi na adoção do gás nitrogênio para a execução de prisioneiros, um método que até então nunca havia sido usado para cumprir uma sentença de morte nos Estados Unidos.
Esta escolha surge como uma alternativa diante da crescente dificuldade em obter as drogas tradicionalmente usadas em injeções letais.
A hipóxia por nitrogênio, um processo que altera a composição do ar inalado para 100% nitrogênio, pretende induzir perda de consciência e, posteriormente, a morte por falta de oxigênio.
Este gás, habitualmente inofensivo quando misturado com oxigênio no ar, torna-se mortal nessa configuração. Curiosamente, a maior parte das informações sobre morte por nitrogênio advém de acidentes industriais e tentativas de suicídio.
Na execução de Smith, o Alabama planeja utilizar um “respirador de ar tipo-C” – comum em ambientes industriais – para administrar o nitrogênio.
Após a leitura do mandado de morte e as últimas palavras do condenado, será ativado um sistema que fornecerá o gás por no mínimo 15 minutos ou até a confirmação da morte.
A promessa é que a inconsciência ocorra em segundos e a morte, em minutos.
O futuro deste método e da execução de Smith está em aberto, podendo ser objeto de decisão pela Suprema Corte dos EUA.
Após a audiência no 11º Tribunal de Apelações dos EUA, que aconteceu na sexta-feira (19), o caso pode ascender ao mais alto tribunal do país, aumentando as discussões sobre a ética e a legalidade dessa nova abordagem nas execuções.
Este caso não é apenas um debate sobre a legalidade, mas também levanta questões profundas sobre a humanidade e ética nas práticas punitivas modernas.
O Alabama, ao adotar a asfixia por nitrogênio, coloca-se no centro de uma controvérsia que vai além de suas fronteiras, gerando um diálogo global sobre a natureza da justiça e da pena de morte.
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