O caso do homem que se revoltou após a dona de uma sorveteria em Campinas, no interior de São Paulo, pedir para ele usar máscara corretamente ganhou as manchetes nesta semana. Agora, câmeras de segurança do estabelecimento desmentiram a versão dada pelo cliente.
No último domingo (13), o comerciante Rodrigo Farias Ferronato foi até a sorveteria em questão, que fica na zona leste de Campinas. Ao notar que ele não usava corretamente a máscara, a proprietária pediu para o cliente usá-la adequadamente.
Ao notar que Rodrigo insistia em usar a máscara de forma errada, a proprietária se negou a concluir a venda. O comerciante, então, ficou nervoso e começou a proferir uma série de xingamentos e ameaças, além de ter danificado alguns objetos do local.
Homem agride mulher depois dela se recusar a atende-lo SEM MÁSCARA!!! Esse sujeito tem que ser localizado e processado por ela!!! pic.twitter.com/ZKwehFlYka
— Jandira Feghali 🇧🇷🚩 (@jandira_feghali) September 15, 2020
Após o caso vir à tona, Rodrigo concedeu uma entrevista para a EPTV e deu sua versão dos fatos. Ele disse que usava a máscara corretamente e que a dona da sorveteria o agrediu com tapas, empurrões e um soco na barriga.
No entanto, a EPTV conseguiu acesso às câmeras de segurança do estabelecimento e as imagens desmentem a versão dada por Rodrigo.
Ao se encaminhar para o caixa, o comerciante é visto com a máscara cobrindo apenas a boca. Além disso, não é possível ver a dona da sorveteria agredindo Rodrigo da maneira descrita por ele.
Confira a reportagem abaixo:
O jornal EPTV 1 afirmou que a proprietária da sorveteria registrou boletim de ocorrência e que a Polícia Civil abriu inquérito por “descumprimento de medida sanitária.”
Na mesma entrevista que concedeu para o canal, Rodrigo admitiu que poderia ter se controlado durante a discussão.
“Acho que esse tipo de atitude minha eu poderia não ter feito. Eu deveria ter engolido a minha raiva e ter saído da sorveteria e procurado os meios legais para me defender e cobrar do jeito que deveria cobrar”, disse.
Rodrigo Ferronato já havia sido condenado, em 2019, a prestar serviços comunitários e a pagar cestas básicas após ter ameaçado uma médica perita do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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