No mundo digital, onde um simples clique pode gerar um turbilhão de especulações, Suzane Von Richthofen surpreendeu a internet ao curtir uma publicação de ninguém menos que Cristian Cravinhos.
Ele é o ex-cunhado e co-responsável pelo assassinato dos pais de Suzane, juntamente com o ex-namorado dela, em 2002.
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Essa interação online, registrada pela conta “Su entre linhas“ – o perfil de um ateliê de costura gerenciado por Suzane e seguido por mais de 37 mil pessoas –, parece sinalizar uma possível mudança de postura de Suzane, que anteriormente manifestou o desejo de se distanciar dos irmãos Cravinhos.
Uma curiosidade em torno dos envolvidos no caso Richthofen foi recentemente reacendida pelo filme ‘A Menina que Matou os Pais: A Confissão‘, lançado no dia 27 e recontando o crime que chocou o Brasil há 21 anos.
O longa-metragem é o terceiro a explorar as situações sombrias que cercaram o homicídio de Marísia e Manfred Von Richthofen.
Enquanto Suzane conquistava o direito ao regime aberto em 2022, após mais de duas décadas atrás das grades, e agora, aos 39 anos, aguarda o nascimento de sua primeira filha, os irmãos Cravinhos trilharam caminhos diferentes após o crime.
Daniel Cravinhos, então namorado de Suzane, foi condenado a 38 anos de prisão na época. Mais de vinte anos depois, em 2013, ele progrediu para o regime semiaberto. Cinco anos depois disso, conquistou o direito ao regime aberto.
Contudo, sua trajetória foi marcada por reveses, incluindo uma reclusão por envolvimento em atividades ilícitas ainda enquanto estava encarcerado.
Fora da prisão, Daniel passou a utilizar o sobrenome “Bento”, fruto de um casamento já concluído, e hoje dedica-se à personalização de motocicletas.
Seu irmão, Cristian Cravinhos, também condenado a 38 anos de prisão, passou para o regime aberto em 2017, mas viu sua liberdade abreviada após tentar evitar uma prisão com suborno.
Acusado de agredir a então companheira, ele tentou subornar o policial para não ser preso novamente.
Após isso, Cristian enfrentou outros desafios legais, incluindo uma tentativa frustrada de processar uma série que o retratou e uma dolorosa perda familiar, com seu filho buscando legalmente desvincular-se da paternidade de Cristian.
Esses desenvolvimentos compõem um mosaico de consequências de um crime que, ainda hoje, mobiliza o imaginário popular e mais de 20 anos depois ainda gera cliques na internet.
Delegada relembra reação sinistra de Suzane ao ser presa
Um novo olhar sobre um crime que chocou o país.
A investigadora Cintia Tucunduva, que investigou o caso sobre a morte dos pais de Suzane Richthofen, veio ao público trazer suas percepções sobre o recente filme da Amazon Prime Video, intitulado ‘A Menina Que Matou os Pais – A Confissão’.
Em uma série de vídeos em sua página no Instagram, a delegada endossa a veracidade dos fatos retratados no longa, porém, destaca desvios notáveis na caracterização de Suzane. O motivo?
Segundo Cintia, a jovem Suzane (de 18 anos na época) agiu sempre com muita frieza e teve uma reação “sinistra“ ao saber que seria presa.
A interpretação de Carla Dias como Suzane Von Richthofen retrata uma explosão emocional frente à verdade revelada pela delegada, algo que Tucunduva garante não ter ocorrido.
Segundo suas palavras, Suzane “não gritou e nem demonstrou desespero no momento em que foi presa. Durante toda a investigação, não demonstrou nenhum sentimento”.
Um lampejo de emoção da detida só foi percebido, gravado pela investigadora, quando Suzane foi envolvida por uma multidão enfurecida ao sair da delegacia.
Outra discrepância apontada pela delegada é uma cena que mostra Suzane implorando perdão ao irmão Andreas, um gesto que Tucunduva assegura não ter visto acontecer.
“Não me recordo de nenhum ato dela relativo à compaixão, à perdão, à lamentação”, declarou.
Mais sinistro ainda, foi o comportamento de Suzane ao ser detida: com uma tranquilidade que Tucunduva descreveu como “sinistra“, a acusada chegou a deitar-se para dormir enquanto aguardava os procedimentos legais, um sinal aparente de descrença nas consequências de seus atos.
O filme vai além, explorando elementos cruciais que orientaram a polícia a crer na participação de Suzane no crime, como a arrumação meticulosa da casa após o assassinato e a localização específica de itens como uma jarra amarela, um saco de lixo e uma faca.
Esses detalhes ínfimos, mas reveladores, foram fundamentais para montar o quebra-cabeça do caso Richthofen.
Por outro lado, Suzane tentou, em vão, barrar a veiculação dos filmes, argumentando não ter dado autorização para o uso de sua imagem.
No entanto, seus esforços foram em vão, com a justiça descartando sua reivindicação, permitindo que a produção dos filmes fosse profunda sem entraves.
A narrativa se entrelaça com as histórias pessoais pós-prisão de Suzane e dos irmãos Cravinhos, evidenciando suas trajetórias dentro e fora das grades.
Desde tentativas de reintegração social e empreendedorismo até casamentos e controvérsias, a vida dos envolvidos permanece sob escrutínio público.
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